ATA DA SEPTUAGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 15-9-2005.
Aos quinze dias do mês de setembro do ano de dois
mil e cinco, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e treze minutos, foi
realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli
Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Claudio Sebenelo, Ibsen Pinheiro, João
Antonio Dib, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza
Canabarro e Professor Garcia. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos
os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Almerindo
Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Carlos
Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario
Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki, Paulo Odone,
Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados, pelo Vereador Dr.
Goulart, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Resolução nº 053/03 (Processo nº
2612/03); pela Vereadora Manuela d’Ávila, o Pedido de Informações nº 225/05
(Processo nº 5461/05); pelo Vereador Professor Garcia, os Pedidos de
Providências nos 2043, 2052, 2054, 2055,
2056, 2057, 2058, 2059, 2060, 2061, 2062, 2063, 2064, 2065, 2066, 2067, 2068,
2069, 2071, 2072, 2073, 2074, 2075, 2076, 2077, 2079 e 2096/05 (Processos nos 5225, 5240, 5245, 5246, 5247, 5248, 5249, 5250,
5251, 5252, 5253, 5254, 5255, 5256, 5257, 5258, 5259, 5260, 5262, 5263, 5264,
5265, 5266, 5267, 5268, 5270 e 5287/05, respectivamente), os Projetos de Lei do
Legislativo nos 256 e 258/05 (Processos nos 5308 e 5457/05, respectivamente); pela Vereadora
Sofia Cavedon, o Pedido de Informações nº 226/05 (Processo nº 5470/05). A
seguir, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Almerindo Filho,
solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje. Do EXPEDIENTE,
constaram os Ofícios nos 10552679 e 10552681/05, do Fundo Nacional
de Saúde do Ministério da Saúde. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra,
em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Marcelino Pogozelski, Presidente do Sindicato dos
Agentes de Fiscalização de Trânsito do Município de Porto Alegre – SINTRAN, que
discorreu sobre as atividades desenvolvidas pela categoria que representa,
afirmando que esses profissionais vêm enfrentando dificuldades para a
realização de seu trabalho, em especial pela carência de uma estrutura adequada
em termos de recursos humanos e materiais. Finalizando, solicitou maior atenção
para essa área, defendendo a implantação de programas voltados à prevenção de
acidentes e à educação no trânsito. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do
Regimento, os Vereadores Adeli Sell, José Ismael Heinen, Professor Garcia, João
Antonio Dib e Manuela d’Ávila manifestaram-se acerca do assunto tratado durante
a Tribuna Popular. Às quatorze horas e trinta e seis minutos, os trabalhos
foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e trinta e
sete minutos, constatada a existência de quórum. Na oportunidade, o Senhor
Presidente registrou a presença dos Vereadores Buzina e Silico, do PSDB,
respectivamente das Câmaras Municipais de São Luiz Gonzaga e de Bossoroca – RS.
A seguir, foi
iniciado o GRANDE EXPEDIENTE, tendo o Senhor Presidente informado que, durante
esse período, seria efetuada homenagem ao Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense,
pelo transcurso do centésimo segundo aniversário desse clube. Compuseram a
Mesa: o Vereador Elói Guimarães, Presidente da Câmara Municipal de Porto
Alegre; o Vereador Paulo Odone, Presidente do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense;
o Senhor Antonio Hohlfeldt, Governador do Estado do Rio Grande do Sul, em exercício;
o Senhor César Miola, Procurador-Geral do Tribunal de Contas do Estado do Rio
Grande do Sul; o Senhor Mauro Sparta, Secretário Estadual do Meio Ambiente; o
Senhor Paulo Luz, Secretário do Conselho Deliberativo do Grêmio Foot-Ball Porto
Alegrense. Ainda, como extensão da Mesa, foram registradas as presenças dos
Senhores Túlio Macedo, Vice-Presidente do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense; Airto
Bernardoni, representando o Secretário Estadual da Ciência e Tecnologia; Ricardo
Gothe, representando o Secretário Estadual de Educação; Sérgio Kaminski,
representando a presidência do Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre;
do Coronel Irani Siqueira, representando o Comando Militar do Sul. Após, o
Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem a execução do Hino
Nacional e do Hino do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Em GRANDE EXPEDIENTE, o
Vereador Alceu Brasinha saudou o transcurso dos cento e dois anos do Grêmio Foot-Ball
Porto Alegrense, abordando a importância desse clube para o reconhecimento do
esporte gaúcho nacional e internacionalmente. Ainda, lembrou vitórias que
marcaram a história do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, como as conquistas do
Campeonato Brasileiro, em mil novecentos e oitenta e um, da Copa Libertadores
da América e do Campeonato Mundial de Futebol. Em continuidade, o Senhor Presidente
concedeu a palavra ao Vereador Paulo Odone que, em nome do Grêmio Foot-Ball
Porto Alegrense, agradeceu a homenagem hoje prestada por este Legislativo a
esse clube. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem
a execução do Hino Riograndense e do Hino do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.
Às quinze horas e vinte e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos,
sendo retomados às quinze horas e trinta e dois minutos, constatada a existência
de quórum. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Adeli Sell debateu o sistema
publico de segurança a que tem acesso a população gaúcha, analisando aspectos
sociais envolvidos na criminalidade e na violência e solicitando atuação mais
efetiva em termos de fiscalização do tráfico e consumo de entorpecentes, em
especial junto ao público infanto-juvenil. Ainda, propugnou por medidas do
Governo Municipal no combate à comercialização, em Porto Alegre, de artigos de
origem e produção ilegais. Após, foi apregoado o Ofício nº 559/05 (Processo
nº 5592/05), de autoria do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, informando que o Senhor Vice-Prefeito
Municipal se ausentará do País do dia vinte e dois ao dia vinte e oito de setembro
do corrente, para viajar ao Estados Unidos da América, a fim de tratar de assuntos
de interesse do Município. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Nereu D’Avila abordou a conjuntura política
atual, citando Comissões de Inquérito instauradas no Congresso Nacional,
relativas denúncias de corrupção, e destacando a importância da punição dos
comprovadamente culpados, para que não ocorra uma generalização negativa da
imagem de toda a classe política brasileira. Nesse contexto, saudou a cassação
do mandato do Deputado Federal Roberto Jefferson, aprovada ontem pela Câmara
dos Deputados. A Vereadora Mônica Leal cumprimentou a Secretaria Municipal do
Meio Ambiente pelas atividades programadas para o corrente mês, na busca da
conscientização para a necessidade de preservação da natureza. Acerca do tema,
lembrou maremotos e furacões ocorridos este ano em países asiáticos e nos
Estados Unidos da América, salientando que a ação agressiva do homem contra o
meio ambiente foi determinante para o agravamento do poder de devastação desses
cataclismos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Ervino Besson aludiu ao
referendo sobre desarmamento a ocorrer em outubro, questionando os custos resultantes
da realização dessa consulta popular. Também, comentou debates realizados no
País a respeito do assunto, registrando posições sobre a proibição do comércio
de armas manifestadas por representantes do Movimento das Senhoras Donas de
Casa, pelo médico Fernando Lucchesi e pela Deputada Federal Denise Frossard. A
seguir, o Senhor Presidente apregoou Comunicado de autoria do Vereador Elias
Vidal, informando sua desfiliação do Partido Trabalhista Brasileiro – PTB.
Também, foi apregoado o Ofício nº 136/05, de autoria da Bancada do Partido Trabalhista
Brasileiro deste Legislativo, informando que o Vereador Maurício Dziedricki
assumiu a liderança dessa Bancada. A seguir, nos termos do artigo 94, § 1º,
alínea "f" do Regimento, o Senhor Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL
ao Vereador Elias Vidal, que esclareceu os motivos que ocasionaram sua saída do
Partido Trabalhista Brasileiro, agradecendo o apoio recebido em sua trajetória
como militante político e como Vereador da Câmara Municipal de Porto Alegre.
Ainda, declarou que espera ter contribuído para o crescimento e fortalecimento
do PTB no Estado e que pretende dar continuidade ao trabalho que vem
desempenhando no combate à violência e ao uso de drogas. Na oportunidade, em
face de Questão de Ordem formulada pelo Vereador Carlos Comassetto, o Senhor
Presidente prestou informações acerca do Requerimento de Licença para
Tratamento de Saúde, de autoria do Vereador Almerindo Filho, anteriormente
referido, bem como quanto aos registros de licença efetuados junto ao Sistema
Eletrônico de Votações. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib
reportou-se à votação ocorrida ontem no Congresso Nacional, que aprovou a
cassação do mandato do Deputado Federal Roberto Jefferson. Também, avaliou o
referendo popular programado para o dia vinte três de outubro do corrente,
relativo à Lei Federal nº 10.826/03, conhecida como “Estatuto do Desarmamento”,
expressando seu posicionamento contrário à proibição da venda e comercialização
de armas no País. COMUNICAÇÕES, o Maurício Dziedricki teceu considerações
acerca de sua escolha como Líder da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro
deste Legislativo, afirmando que exercerá um trabalho voltado para a
fiscalização e a produção intelectual legislativa. Também, lamentou a saída do
Vereador Elias Vidal da Bancada do PTB, discursando a respeito da participação
política e do crescimento desse Partido em todo o território nacional. A
Vereadora Maristela Maffei, chamando a atenção para a relevância dos serviços
prestados pela categoria dos funcionários públicos municipais, discorreu sobre
a possibilidade de votação ainda hoje da Moção de Solidariedade a esses
servidores. Ainda, analisou a política salarial praticada pelo Partido dos
Trabalhadores quando à frente da Prefeitura e as promessas feitas pelo atual
Governo de Porto Alegre, de que iria manter o pagamento da bimestralidade aos
municipários. O Vereador Paulo Odone contraditou o pronunciamento da Vereadora
Maristela Maffei, em Comunicações, em relação à questão do não-pagamento da
bimestralidade aos municipários, lembrando que essa categoria não vinha
recebendo o benefício nos últimos anos. Sobre o assunto, externou a opinião de
que as Moções de Solidariedade aos funcionários públicos municipais de Porto
Alegre devem referir-se ao período integral em que a classe não recebe a
bimestralidade. A Vereadora Sofia Cavedon debateu o Requerimento nº 219/05, que
propõe Moção de Solidariedade à categoria dos municipários por sua luta pela
manutenção da política salarial e recuperação das perdas, de autoria dos
Vereadores Sofia Cavedon, Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Dr.
Goulart, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila e Raul Carrion,
discorrendo a respeito dos problemas que essa categoria enfrenta com a política
salarial destinada a ela. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Manuela d'Ávila
mencionou que a Casa recebeu hoje grupo de servidores municipais a fim de
promover debate sobre a bimestralidade, enaltecendo que mais importante do que
discutir quando esse benefício deixou de ser pago é observar o cumprimento da
Lei que assegura essa vantagem ao funcionalismo municipal. Ainda, questionou o
posicionamento do Prefeito José Fogaça, que havia se manifestado em favor da
manutenção desse benefício. Após, o Senhor Presidente declarou empossado na
vereança o Suplente Mauro Pinheiro, em substituição ao Vereador Almerindo
Filho, de acordo com Requerimento solicitando Licença para Tratamento de Saúde,
anteriormente apregoado, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de
Constituição e Justiça. Na ocasião, foram apregoadas Declarações firmadas pela
Vereadora Maristela Maffei, Líder da Bancada do PT, informando o impedimento
dos Suplentes Marcelo Danéris e Gerson Almeida em assumirem a vereança no dia
de hoje, em substituição ao Vereador Almerindo Filho. Também, foi apregoada
Declaração firmada pelo Suplente Guilherme Barbosa, informando seu impedimento
em assumir a vereança no dia de hoje, em substituição ao Vereador Almerindo
Filho. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Clênia Maranhão saudou a presença
de representantes do funcionalismo municipal neste Plenário e enfocou a
necessidade de se adaptar a Lei à realidade das finanças públicas. Nesse
contexto, referiu-se à disposição das Bancadas que apóiam o atual Governo
Municipal em construir, juntamente com a classe dos servidores, uma alternativa
democrática, transparente e duradoura para contemplar os interesses dessa
categoria. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projeto
de Lei do Legislativo nos 245/05, 051/01, este discutido pelos
Vereadores João Antonio Dib e Aldacir Oliboni, 140, 246 e 254/05, discutidos
pelo Vereador João Antonio Dib, 198/05, discutido pela Vereadora Mônica Leal,
242/05, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, Margarete Moraes e Claudio
Sebenelo, 248/05, discutido pelo Vereador João Antonio Dib e pela Vereadora
Margarete Moraes, 252/05, discutido pela Vereadora Mônica Leal, o Projeto de
Resolução nº 126/05, discutido pelas Vereadoras Mônica Leal e Margarete Moraes,
o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 021/01, discutido pelo Vereador
João Antonio Dib, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/05, o
Projeto de Lei do Executivo nº 016/05; em 3ª Sessão, os Projeto de Lei do
Legislativo nos 219/03 e 240/05, este discutido pela Vereadora Margarete Moraes
e pelo Vereador Claudio Sebenelo, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo
nº 037/05, o Projeto de Lei do Executivo nº 012/05. Na ocasião, o Senhor
Presidente comunicou que seria realizada, nesse momento, reunião no Salão Nobre
da Presidência entre a Mesa Diretora, Colégio de Líderes e representantes dos
municipários presentes na Casa, tendo a Vereadora Sofia Cavedon se manifestado
a respeito. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Professor Garcia explicou que,
na condição de Relator dos Projetos do Orçamento Municipal nos três últimos
anos, conhece bem a realidade financeira da Prefeitura. Nesse sentido,
contestou informações da Secretaria Municipal da Fazenda de que não há
possibilidade de retomada dos pagamentos da bimestralidade ao funcionalismo
público e alegou que, apesar das dificuldades, há alternativa para recompor as
perdas salariais dessa categoria. O Vereador Carlos Todeschini declarou que a
Bancada do Partido dos Trabalhadores dará quórum para a votação do Requerimento
nº 219/05, que propõe Moção de Solidariedade aos funcionários públicos
municipais, que lutam por sua política salarial. Também, cobrou coerência do
Prefeito José Fogaça, que havia prometido manter os reajustes bimestrais ao
funcionalismo, e justificou que a Lei de Responsabilidade Fiscal é correta, mas
não pode ser impeditivo para o avanço dos trabalhadores. Após, a Vereadora
Sofia Cavedon formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão dos
trabalhos da presente Sessão, tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos
acerca do assunto. Às dezoito horas e dois minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezoito horas e vinte e cinco
minutos, constatada a existência de quórum. Em prosseguimento, o Senhor Presidente
prestou informações acerca da reunião realizada anteriormente entre a Mesa
Diretora, Colégio de Líderes e representantes dos Municipários, informando que
esta Casa intermediará, naquilo que for possível, as negociações entre o
Executivo Municipal e a categoria dos servidores públicos. A seguir, constatada
a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e a Vereadora Sofia Cavedon
formulou Requerimento verbal, solicitando alteração na ordem de apreciação da
matéria constante na Ordem do Dia, tendo o Senhor Presidente prestado
esclarecimentos e o Vereador Sebastião Melo se manifestado sobre o assunto.
Ainda, o Vereador Sebastião Melo formulou Requerimento verbal, solicitando a
suspensão dos trabalhos da presente Sessão. Às dezoito horas e trinta e três
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
dezoito horas e trinta e sete minutos, constatada a existência de quórum. Em
continuidade, os Vereadores Sebastião Melo, Manuela d'Ávila, João Antonio Dib,
Maristela Maffei e Sofia Cavedon manifestaram-se sobre a ordem de apreciação da
matéria constante na Ordem do Dia em decorrência de reunião realizada no dia
doze de setembro do corrente entre o Colégio de Líderes e a Mesa Diretora,
tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos acerca do assunto. Em votação,
esteve o Requerimento de autoria do Vereador Elói Guimarães, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do Dia, conforme
definido em reunião do Colégio de Líderes com a Mesa Diretora realizada no dia
doze de setembro do corrente, o qual obteve treze votos SIM, após ser
encaminhado à votação pelos Vereadores Carlos Comassetto, João Antonio Dib e
Bernardino Vendruscolo, em votação nominal solicitada pelo Vereador Carlos
Comassetto, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, João Antonio Dib, Manuela
d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Maristela
Meneghetti, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon, votação esta declarada nula pelo Senhor
Presidente, em face da inexistência de quórum deliberativo. Às dezoito horas e
cinqüenta e cinco minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, o
Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos
foram presididos pelos Vereadores Elói Guimarães, João Carlos Nedel, Aldacir
Oliboni e Margarete Moraes, esta nos termos do artigo 27, parágrafo único, do
Regimento, e secretariados pelo Vereador Nereu D'Avila. Do que eu, Nereu D'Avila,
1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em
avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Passamos
à
O
Sr. Marcelino Pogozelski, representando o Sindicato dos Agentes de Fiscalização
de Trânsito do Município de Porto Alegre - Sintran, está com a palavra, para
tratar de assunto relativo à prevenção de acidentes e educação no trânsito,
pelo tempo regimental de 10 minutos.
O SR. MARCELINO POGOZELSKI: Boa-tarde a todos os Vereadores
presentes; cumprimento o Presidente em exercício e parabenizo a Casa pelo
aniversário de 232 anos.
Nós
estivemos nesta Casa no dia 4 de abril e manifestamos a falta de interesse da
EPTC em aumentar o quadro do efetivo. Em análise mais profunda, a EPTC hoje
conta com 370 Agentes, sempre colocando na mídia esse número. Mas não consta
que 37 Agentes estão afastados por acidente de trabalho e doenças; 23 desses
Agentes são deslocados para área administrativa: central de rádio,
estacionamento público, apoio operacional, programa semafórico, atendimento ao
cidadão e educação de trânsito; 10% desse efetivo sempre está em férias; 22
desses Agentes são coordenadores e chefes de atividades; 72 Agentes fazem
operações de ocorrências e eventos em nossa Capital. Esses dados são relativos
aos horários das 6 horas às 19 horas. Oitenta por cento dos Agentes de Trânsito
estão deslocados para atender ocorrências, eventos e obras, sobrando apenas 20%
do efetivo à prevenção e à fiscalização. No plantão noturno, 100% dos Agentes
só atendem ocorrências em nossa Capital. O total do plantão noturno em nossa
Capital conta com 35 Agentes.
Na
área preventiva, na área administrativa e na de planejamento da EPTC faltam
engenheiros, técnicos. Quando do início da EPTC, havia doze engenheiros; hoje,
nós contamos com seis engenheiros para sinalização e planejamento.
Faltam
verbas para a manutenção e sinalização horizontal. A sinalização horizontal de
toda a Capital está praticamente apagada. Faltam placas educativas, alertando
para as áreas de risco de atropelamentos e acidentes.
Faltam
verbas para projetos de sinalização e obras. Em média, a EPTC já tem 400
projetos concluídos. O que é que consta? A Direção da Empresa vai para a mídia
e coloca que há dois, três pontos para serem detalhados no projeto, mas o
projeto já está concluído. O projeto não é feito por falta de verba. Nós não
temos verba para fazer a rótula da Av. Nilo Peçanha, para resolver o problema
do congestionamento do trânsito.
Em
sete anos, a Empresa não tem um projeto anual de consistência de prevenção de
acidentes de trânsito e transporte em Porto Alegre, bem como não tem nenhum
projeto de educação. O que consta, hoje, são pequenos focos de projetos para
diminuir os acidentes na área da educação e das escolas.
Faltam
viaturas e equipamentos adequados para recolhimento de animais. Hoje, só em
manutenção de nossas viaturas, são gastos 50 mil reais por mês. E, hoje, nós
poderíamos ter comprado pelo menos uma ou duas viaturas, por mês, no sentido de
melhorar as condições de trabalho.
Outra
questão que nós levantamos nesta Casa é a falta de regulamentação profissional
dos motociclistas. Em oito anos de atuação em trânsito e transporte, não há um
projeto aprovado, na Câmara, na área de trânsito e de transporte direcionado
para a área de prevenção de acidentes. O Legislativo não conseguiu fazer um
projeto consistente para a EPTC, colocando regras na sinalização.
Concluímos:
até o momento, nós temos 108 vítimas fatais no trânsito, sendo que 62 vítimas
foram por atropelamento - dessas 62 vítimas, 18 foram atropeladas por ônibus,
20 foram por acidente de moto e as demais foram vítimas de automóveis.
Neste
ano, a Empresa vai arrecadar - num total de Receita - 40 milhões de reais,
sendo que nós sabemos que 75% é Receita de multas de trânsito. Constatamos que
não há investimento na área preventiva, o cidadão cada vez mais está perdendo a
qualidade de vida.
Essas
são as nossas reivindicações. Temos aí vários pontos a destacar para a Mesa,
para a Casa, e queremos solicitar uma comissão que investigue onde é que estão
sendo colocadas as verbas da EPTC, se a EPTC está investindo ou não está
investindo. Hoje nós somos 370 Agentes e 253 deles estão na rua. A EPTC tem um
quadro administrativo de 500 funcionários. O que é que está acontecendo? A
prevenção não está sendo feita, não há um projeto, nós estamos só atendendo a
ocorrências, perdendo o status que
deveríamos ter de evitar os acidentes. Os atropelamentos da cidade de Porto
Alegre não estão sendo evitados, a fiscalização está diminuindo o seu quadro,
não existe um plano de carreira dentro da EPTC que faça com que os seus
funcionários tenham vontade e qualidade de vida para trabalhar. Parece que a
empresa quer que os novos Agentes vão entrando e os velhos, que tem
experiência, saindo, para continuar fazendo esse exercício e continuando o
mesmo trabalho. O meu muito-obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Convido o Sr. Marcelino a fazer parte da
Mesa.
Abrimos
a palavra para as Bancadas se pronunciarem a respeito do tema trazido pelo
Sindicato dos Agentes de Fiscalização de Trânsito - Sintran.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, meu caro Presidente do
Sintran, Marcelino Pogozelski, caros Agentes de Fiscalização que acompanham
esta Sessão, senhoras e senhores, nós queremos dizer da importância do uso da
Tribuna Popular pelo Presidente do Sintran. Efetivamente, alguns dos pontos
levantados são questões que nós estamos levantando há vários meses aqui na
Câmara, não só a nossa Bancada, mas outros Vereadores, principalmente a questão
da educação para o trânsito, o que nos parece ser uma das questões primordiais.
Se nós não tivermos um efetivo trabalho na educação para o trânsito, na questão
do cuidado com as faixas de sinalização apagadas, se não houver um trabalho em
cima deste particular, nós continuaremos sendo uma cidade com muitos acidentes
de trânsito.
Tanto
essa é uma preocupação minha, que eu já coloquei para os meus colegas de
Bancada que na sexta-feira que vem, dia 23, realizaremos o 1º Ciclo Municipal
de Debates sobre a Mobilidade Urbana, sobre a questão da acidentalidade.
Portanto,
a nossa saudação, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, de todos os
meus colegas aqui presentes, ao Sintran, ao seu trabalho, à sua determinação,
que independentemente dos governos tem vindo aqui nos cobrar, e esse é o papel
de um sindicato. Sindicato mobiliza, sindicato cobra - portanto parabéns! -,
mantendo independência diante de todos os governos, indiferentemente do Partido
político que está naquele momento dirigindo a cidade de Porto Alegre. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. José Ismael Heinen está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni,
Sr. Marcelino Pogozelski, Presidente do Sindicato dos Agentes de Fiscalização
de Trânsito do Município de Porto Alegre, logicamente que não são os agentes os
culpados de alguns procedimentos dessa categoria. Eu costumo dizer que sempre a
culpada será a sociedade, quando um agente de segurança, um agente executor do
serviço público não estiver a contento. A culpada é a sociedade, é o poder
público.
Eu
tenho uma história com os Agentes de Fiscalização. Foi no ano passado, quando
fiz uma cirurgia no Hospital de Cardiologia. Primeiro eram os motoqueiros
famosos da noite que não deixavam o pessoal do Hospital dormir. Mas um certo
dia eu estava na janela, quando estava me recuperando da cirurgia cardíaca, eu
vi um lance que eu acho que serve para levar a público a respeito do que eu
penso sobre a fiscalização do trânsito em Porto Alegre. Chegou um carro
embalado, desesperado - a gente via -, logicamente estacionou no local em que
não poderia estacionar, na frente do Hospital na área de carga e descarga. Os
tripulantes saíram correndo, bateram as portas e entraram correndo na UTI do
Cardiologia. Logicamente que lá estava sendo atendido um filho ou um parente
daquele pessoal. Passaram na frente do guardinha; ele não falou nada. Quando
esse pessoal entrou na CTI do Hospital, ele foi lá, anotou a placa, denunciou e
mandou chamar o guincho. Eu me evadi do Hospital, com o pijama do Hospital, fui
lá embaixo e fiz com que aquele carro não fosse guinchado. Então eu digo:
culpado não era aquele Agente, mas as determinações que ele deveria ter para o
cumprimento dessa missão. Acho que nós, fiscalizadores do trânsito de Porto
Alegre, teremos uma Cidade mais humana se tivermos fiscalizadores também à
altura, humanos, principalmente para educar o trânsito, para esclarecer o
trânsito e para fazer mais no sentido de que a falta não aconteça. Sei que os
senhores não são culpados, mas é uma mensagem. É assim que eu gostaria de ter a
nossa EPTC de Porto Alegre. De resto, os senhores têm a solidariedade do
Partido da Social Democracia, em particular deste Vereador. Parabéns e muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Professor Garcia está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, prezado Sr. Marcelino,
que muitas vezes já ocupou a tribuna trazendo esse tema e outros relevantes em
relação à categoria da qual é Presidente, esse tema de prevenção aos acidentes
de trânsito é bastante badalado, mas, na realidade, o que temos notado é que,
cada vez mais, principalmente aos finais de semana, vemos que está aumentando o
número de óbitos não só em Porto Alegre, mas em todo o Estado e em todo o
território nacional. Por exemplo: no Rio Grande do Sul, nesse último final de
semana, foram 15 óbitos em função de acidentes de trânsito. Na realidade, temos
de investir cada vez mais em políticas públicas na parte profilática, ou seja,
prevenir para não deixar que ocorram. Nós temos ainda alguns problemas: com
todas as alterações de legislação, ainda vemos que os nossos motoristas dirigem
de forma agressiva e, nos finais de semana, temos a questão da ingestão de
bebidas alcoólicas cada vez num volume mais alto. Então, entendemos que trazer
para esta Casa, para a população da Cidade a questão da prevenção é algo
saudável. Parabéns.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, meu caro Presidente Marcelino Pogozelski, a
Bancada do PMDB me pede que também me pronuncie em seu nome. Quero dizer que
sou servidor público municipal por vocação, formação e convicção. Quando eu fui
Prefeito, os servidores do Município, a partir da base, elaboraram o Estatuto
dos Servidores Municipais. No art. 196 - Dos deveres dos servidores - inc.
XVII, diz que é dever do servidor sugerir providências tendentes ao
aperfeiçoamento de serviço. O art. 197 diz que ao funcionário é proibido
referir de modo depreciativo [não
é o caso], em informação, parecer ou despacho, às autoridades e a atos da
administração pública municipal, podendo, porém, em trabalho assinado,
criticá-lo do ponto de vista doutrinário e da organização do serviço.
Presidente
Marcelino, V. Sª tem comparecido muitas vezes à Câmara Municipal, na Tribuna
Popular, e sempre apontando falhas na EPTC e SMT. E eu quero me tornar
solidário com V. Sa. no dia em que me trouxer documento escrito, dirigido ao
Secretário da SMT, ao Presidente da EPTC, mostrando o que deve ser feito. Eu,
por exemplo, como me considero muito vinculado à SMT, já sugeri, até por
escrito, que façam faixa de segurança com blocos de cimento pretos e brancos,
como é experiência comprovada, e isso não aconteceu. Portanto, eu gostaria de
ver o Sintran trabalhando conjuntamente com a Secretaria, para que os serviços
de trânsito e transporte de nossa Cidade sejam muito melhores. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
(O
Ver. Elói Guimarães assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Manuela d'Ávila está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. MANUELA D'ÁVILA: Sr. Presidente; Sr. Marcelino, Presidente
do Sintran, Sindicato dos Agentes de Fiscalização do Trânsito da nossa Cidade,
nós sabemos que acontecem muitos acidentes de carro, sendo que a maioria das
vítimas são jovens, sobretudo nos finais de semana, porque vivemos num mundo em
que consumir álcool e festejar com os amigos têm o mesmo significado; ser
alegre e feliz é conseguir permanecer muito tempo ingerindo bebidas alcoólicas.
Nós, no nosso Partido, temos tentado trabalhar nesse sentido, não só com a
Secretaria Municipal de Transportes, com a qual, inclusive, debatemos no Plano
Plurianual a questão de alguns mecanismos para buscar esses jovens no final das
festas, recolher esses jovens - como fazem algumas organizações
não-governamentais e conseguem ter sucesso nessa ação - mas também para que o
Município assuma um papel que é seu para a educação no trânsito. Acho que é
inadmissível que hoje esse papel seja desempenhado fundamentalmente pelas
organizações não-governamentais; por isso a nossa solidariedade. Precisamos
trabalhar. Essa tarefa é, sim, desta Câmara de Vereadores; este é um espaço do
Município. Se V. Sa. quisesse fazer críticas infundadas ao Prefeito Municipal
ou à Secretaria de Transportes, não estaria numa Casa como esta, que contém a
totalidade da representatividade dos cidadãos de Porto Alegre. Por isso V. Sa.
tem a solidariedade do Partido Comunista do Brasil.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não constam mais Vereadores ou Vereadoras
inscritos.
A
Tribuna Popular trouxe à Casa o Sindicato dos Agentes de Fiscalização de
Trânsito do Município de Porto Alegre - o Sintran - na pessoa do seu
Presidente, o Sr. Marcelino Pogozelski, que, inclusive, também traz aqui um
documento dirigido à Presidência, todo detalhado, com todas as deficiências, a
falta de funcionários, etc.
Nós
queremos dizer que o Presidente Marcelino vem, não é de hoje, não é neste
Governo, mas de muito tempo, trazendo as suas contribuições à Casa. Ele é um
representante da categoria; então merece o mais absoluto respeito pelo seu
trabalho, independentemente de quem esteja no Governo. Portanto, Presidente
Marcelino, nós vamos encaminhar este material e, se necessário, vamos fazer
reuniões com a Secretaria e com a EPTC no sentido de se dar cobro, enfim, ver o
que é possível fazer frente às reivindicações absolutamente sérias que V. Sª
traz para a Casa. Mais uma vez, cumprimento Vossa Senhoria.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h36min.)
Passamos
ao
O
Grande Expediente tem por finalidade, neste dia, nesta tarde, nesta Sessão,
homenagear os 102 anos do Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense, por proposição
feita pelo Ver. Alceu Brasinha.
Comporemos
a Mesa, convidando o ilustre Governador do Estado do Rio Grande do Sul em
exercício, ex-Vereador desta Casa, Antonio Hohlfeldt; o Conselheiro César
Miola, Procurador-Geral do Tribunal de Contas do Estado; o Sr. Mauro Sparta,
Secretário Estadual do Meio Ambiente; o nosso colega, Ver. Paulo Odone, Presidente
do Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense; o Sr. Paulo Luz, Secretário do Conselho
Deliberativo do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Como extensão de Mesa, nós
queremos saudar aqui o Sr. Túlio Macedo, Vice-Presidente do Grêmio Foot-Ball
Porto Alegrense; o Sr. Airto Bernardoni, representando o Sr. Secretário de
Estado da Ciência e Tecnologia, Deputado Kalil Sehbe; o Sr. Ricardo Gothe,
representando o Secretário de Educação do Estado, Sr. José Fortunati; o Coronel
Irani Siqueira, representando o Comando Militar do Sul; o Sr. Sérgio Kaminski,
representando a Presidência do Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre.
Queremos saudar, ainda, as gremistas e os gremistas; os demais dirigentes,
funcionários do Clube, enfim, a torcida do Grêmio que está aqui presente com as
bandeiras do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.
Antes
de darmos a palavra ao proponente desta homenagem, Ver. Alceu Brasinha, nós
vamos convidar a todos a cantar o Hino Nacional e, logo após, o Hino do Grêmio
Foot-Ball Porto Alegrense. (Palmas.)
(Ouvem-se
o Hino Nacional e o Hino do Grêmio.)
(Manifestações
nas galerias e no plenário durante a execução do Hino do Grêmio.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Impressionante, porque eu imaginava,
Ver. Paulo Odone, que houvesse menos funcionários gremistas na Casa. A
Taquigrafia, então...
O
Ver. Alceu Brasinha está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de
tempo da Verª Maristela Meneghetti. (Palmas.)
O SR. ALCEU BRASINHA: (Envolto na bandeira do Grêmio) Sr.
Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
senhores Conselheiros do Grêmio, senhores sócios do Grêmio, senhores torcedores
do Grêmio, Sr. Paulo Odone, Presidente do Grêmio, quero dizer para o senhor,
Dr. Paulo Odone, que eu me sinto muito feliz, muito à vontade para falar do
time do meu coração, porque amo tanto este time, que tanta alegria, tanta
felicidade nos deu.
Eu
fico emocionado em falar em um Clube tão vitorioso como o Grêmio. Quero dizer,
Dr. Paulo Odone, em 1981, quando o Grêmio foi Campeão Brasileiro - lembro como
se fosse hoje -, parou o Rio Grande. Logo mais, em 1982, o Grêmio trouxe aquela
vitória histórica do Rio, mas nós perdemos aqui para o Flamengo. Naquele dia em
que nós perdemos o segundo jogo aqui para o Flamengo, eu me emocionei e chorei
muito, e dizia para mim: “O que adianta ser vice-campeão?” Mas logo ali na
frente, estava preparada a grande trajetória do Grêmio para nós, a Taça
Libertadores da América, onde nós buscamos e conquistamos a América do Sul,
Campeão da América.
Com
o Vice e Campeão da América, novamente o Grêmio foi mais alto: Campeão do
Mundo.
Então,
meus amigos gremistas que estão aqui neste momento, quero dizer que são datas
que jamais a gente pode esquecer.
Há
minutos eu estava num programa de televisão, do nosso querido Conselheiro José
Silva, e ele botou a gravação da narração do gol que o Renato fez no Campeonato
Mundial. Realmente, eu me emocionei e chorei lá na frente das câmeras.
Quero
dizer que ser gremista não é para qualquer um, é para a maioria do Rio Grande.
(Palmas.)
(Manifestações das Galerias.)
Outra
data histórica que lembro como se fosse hoje, 2003 - há muitas -, porque se
vamos falar de todas as histórias do Grêmio, passo o dia todo falando aqui, e
não vai dar tempo. Quero dizer para vocês que 2003 é uma data que realmente me
emociona, quando eu lembro aquela invasão que nós fizemos em Santa Catarina,
com a mobilização que o Dr. Saul fez, chamou a torcida, botou 100 ônibus e mais
de 500 carros junto com o caminhão do Brasinha, chegamos em Criciúma, tomamos
conta da cidade e mostramos que nós somos Campeões da América e Campeões do
Mundo.
E
quero dizer mais, logo que saiu o anúncio que eu iria para Criciúma, um querido
amigo, o Zelinho, um Conselheiro do Grêmio, ligou para mim e disse: “Brasinha,
olha, não vem que está perigoso, não vem com o caminhão! Ou deixa longe,
então”. E eu disse que não ia, mas, com certeza, ia dar uma surpresa. Cheguei
lá, quando passei na frente do hotel, o Zelinho disse: “É hoje que o Brasinha
vai apanhar”. Eu disse: “Não vou apanhar, porque temos mais de sete mil
torcedores aqui, mostrando a força e a garra que nós temos pelo Grêmio”.
Eu
fico emocionado de falar no Grêmio, porque o Grêmio é a minha vida, é o meu
amor, é a minha paixão, é o Campeão do Mundo, é o Campeão da América, é do
porto-alegrense, é do Rio Grande, é da América e é do Mundo! (Palmas.)
O Sr. Ibsen Pinheiro: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Nobre Vereador Brasinha, V. Exª hoje fala por toda a Casa, e isso
não é um artifício regimental, isso é um sentimento a que ninguém fica infenso.
V.
Exª é modesto quando calcula o número de gremistas, eu diria que, no Rio
Grande, somos 10 ou 11 milhões, porque ninguém fica alheio a esse sentimento
tão forte.
O
Presidente Paulo Odone é uma personalidade do Rio Grande, mais do que de um
clube. Assim, esta Casa plural se sente representada por V. Exª neste momento.
Socorro-me
do Poeta Tiago de Melo, quando diz: “A palavra da boca é sempre inútil se o
sopro não lhe vem do coração”.
V.
Exª fala por todos nós, nobre Vereador, porque o sentimento de respeito a essa
Instituição é um sentimento unânime no Rio Grande. Não me custa dizer que todos
nós temos um lado gremista, ainda que, às vezes, seja um lado secador; todos
nós nos compreendemos e nos amamos.
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Dr. Ibsen.
O Sr. Mario Fraga: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Brasinha, meu companheiro de gremismo; Sr. Presidente, Ver.
Elói Guimarães; Presidente Paulo Odone, que veio para esta Casa, Brasinha, nós,
que assumimos este mandato na corrida, temos o nosso Presidente junto com a
gente; saúdo, em especial, o ex-Vereador, Vice-Governador, Antonio Hohlfeldt,
gremista e nosso amigo, uma pessoa que passou grande tempo nesta Casa e deixou
grandes admiradores.
Queria
ter feito esta homenagem, mas estou muito bem representado, Brasinha. Eu quero
dizer que eu ficava sempre com ciúmes, Paulo Odone, em 1966, 1970, 1980, porque
o Internacional tinha lá o Tarzan Nummer; depois veio o Chuchu, e na nossa
torcida, Brasinha, não tinha... Quando tu apareceste, por Deus, eu dei graças,
porque temos um representante da base, que vai lá na “coréia”. Quando nós
estamos jogando lá (no Beira-Rio) é na “coréia” e, quando estamos no Olímpico -
tu és sócio, tens cadeira; eu sou sócio, tu me fizeste comprar uma cadeira -,
tu ficas na “geral”, nos representas muito bem.
Em
memória do meu pai, que já faleceu, que foi gremista, e da minha mãe, que é
gremista, Paulo Odone, e os meus cinco irmãos e eu, somos seis irmãos, são oito
gremistas na família, então, esta homenagem, hoje, que estás fazendo ao Grêmio,
eu faço ao meu pai. E, por incrível que pareça também para mim, o meu filho,
Vinícius Fagundes de Fraga, nasceu em 1981, um ano de glória para o Grêmio.
Meus parabéns, Brasinha. Viva o Grêmio! Viva o Grêmio! (Palmas.)
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Ver. Mario Fraga.
A Srª Margarete Moraes: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Boa-tarde, queria
cumprimentar o Vereador-Presidente, Ver. Elói Guimarães; o gremista, ex-Vereador,
Vice-Governador do Estado, Antonio Hohlfeldt, que nos honra com a sua presença;
o Presidente do Grêmio, Ver. Paulo Odone; as demais autoridades gremistas;
quero dizer que, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, do PT,
queremos cumprimentar o Grêmio pelo seu aniversário e, sobretudo, o nosso
querido Ver. Brasinha.
Agora
eu quero falar, amorosamente, em nome da Bancada petista gremista, e dizer que
é muito importante para nós termos a sua alegria nesta Casa, a sua
espontaneidade, a sua sinceridade nesse amor pelo nosso time; também estamos
felizes pela sua militância e, agora, junto com o Presidente do Grêmio, Ver.
Paulo Odone, e os demais componentes da diretoria, por toda essa campanha que
vocês vêm fazendo, de amor ao time, de trazer novos sócios, como V. Exª o fez,
com muita sabedoria, nesta Casa.
Um
grande abraço, e só quem é do Grêmio sabe o quanto é importante, neste momento,
que existam figuras como V. Exª, Ver. Brasinha, porque, certamente, o passado
de glórias do Grêmio, no futuro, trará novas glórias para todos nós. Muito
obrigada. (Palmas.)
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Verª Margarete.
O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Brasinha, eu quero, primeiramente, cumprimentar aqui o meu
amigo Antonio Hohlfeldt, o Mauro Sparta... Parece que o PSDB é gremista...!
Estão aqui os dois Secretários nossos, um Vice-Governador e um Secretário,
gente da melhor qualidade, manifestando aqui as cores gremistas! Nosso amigo
César Miola, que nos orienta tão bem com relação às matérias a respeito das
quais temos dúvidas, ligadas ao Tribunal de Contas, realmente também é um
orgulho para nós que V. Sa. aqui esteja. E nesta Casa há dois símbolos
gremistas: o Presidente do Grêmio, Ver. Paulo Odone, e V. Exª, Ver. Brasinha.
Sempre que eu faço referência, aqui, ao esporte, eu digo que o grande
representante da torcida gremista, hoje, com certeza absoluta, é V. Exª,
porque, afinal de contas, eu acho que gremista é aquele que está com o Grêmio a
qualquer momento, em todos os momentos, e que, neste momento de queda do
Grêmio, não abandonou o time, e sim manifestou o seu amor por ele.
Eu
acho que isso, realmente, é ser gremista, e isso tem a ver com V. Exª, que
esteve lá presente em todas as batalhas do Grêmio, nos bons e nos maus
momentos! E o gremista que nós temos de reconhecer é exatamente esse que não
abandona o Grêmio, uma vez que esse está numa má fase, e que está “com o Grêmio
onde o Grêmio estiver”. Parabéns a Vossa Excelência. (Palmas.)
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Vereador.
O SR. ALCEU BRASINHA: É verdade. Obrigado, Vereador.
A Srª Mônica Leal: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Sr. Presidente, Ver.
Elói Guimarães, cumprimento a Mesa na pessoa do Vice-Governador, Antonio
Hohlfeldt; gostaria de saudá-lo, Ver. Brasinha, e registrar que toda a Bancada
Progressista é gremista; gostaria também de dizer que, para quem tem um lado
gremista, o Ver. Ibsen cantou muito bem o hino - digo isso porque eu estava ao
seu lado. Obrigada. (Palmas.)
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Vereadora.
O Sr. Professor Garcia: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Prezado Presidente,
prezado sempre Vereador e Vice-Governador do Estado, Antonio Hohlfeldt,
Presidente Paulo Odone e demais autoridades. Ver. Brasinha, primeiramente eu
quero parabenizá-lo por trazer a esta Casa a possibilidade de nós homenagearmos
o Grêmio. A minha Bancada, na sua totalidade, não é gremista, V. Exª sabe; ela
é, na totalidade, uma Bancada colorada. (Pausa.) Observo que V. Exª sorri
porque a Bancada é composta por apenas um Vereador! Mas sabemos da importância
vital do Grêmio para o Internacional, e da importância do Internacional para o
Grêmio, no esporte - em todas as experiências que nós tivemos no esporte,
quando o Grêmio deixou de praticar modalidade esportiva, o Internacional também
o fez, valendo também o inverso. Então, a grandeza do Grêmio é a grandeza do
Internacional e, principalmente, a grandeza do desporto. Parabéns. (Palmas.)
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Vereador.
O Sr. José Ismael Heinen: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Exmo. Sr. Presidente,
Sr. Vice-Governador, Secretários, Presidente do Grêmio, demais autoridades,
Ver. Brasinha, falo em nome da Bancada colorada do PSDB, pois o outro Vereador
que falou é gremista. Então, eu não podia deixar de trazer a homenagem dos
colorados do PSDB para este Clube aguerrido que eu aprendi a respeitar dentro
da minha família; falo em nome dos colorados e também em nome dos gremistas da
minha família, e esse é o nosso Gre-Nal de Porto Alegre, em todos os sentidos,
em todos os momentos, e não é só no futebol. Isso é bom para a nossa cultura
gaúcha.
Quero
transmitir, na presença do Paulo Odone, os nossos respeitos, os parabéns,
torcendo para que tenhamos este grande Clube junto conosco em breve, e
novamente. Parabéns e muito obrigado. (Palmas.)
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Vereador.
O Sr. Maurício Dziedricki: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador) Minha saudação ao Sr. Presidente, ao Vice-Governador, Antonio
Hohlfeldt, ao nobre colega Ver. Paulo Odone, Presidente do Grêmio Foot-Ball
Porto-Alegrense, e a minha saudação especial ao Ver. Brasinha, companheiro,
irmão de Bancada, quero registrar, em nome do PTB, Partido que nos acolhe, a
nossa saudação a esta grande homenagem, importante homenagem aos 102 anos de
existência do Grêmio, e quero registrar, particularmente, como colorado que
sou, e como gaúcho de coração, que é imprescindível o reconhecimento a este
grande Clube, porque o Internacional não vive sem o Grêmio, e o Grêmio não vive
sem o Internacional.
Que
este reconhecimento, Ver. Brasinha, possa ser traduzido na ascensão do Grêmio à
1ª Divisão novamente, porque o espetáculo do futebol o merece, e os nossos
clubes são somente adversários, quando limitados pelas quatro linhas do campo
de futebol.
Na
sociedade gaúcha, da qual fazemos parte, principalmente respeitando a nossa
origem da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, o nosso comportamento se traduz
em parceria, em co-irmandade. E que o vermelho e o azul possam andar juntos por
muitos e muitos anos.
A
V. Exª e ao Presidente Paulo Odone, sucesso, imprimindo esse ritmo de vitórias
que vêm conquistando ao longo dos anos. E, de imediato, Sr. Presidente,
requeiro Tempo de Liderança do nosso Partido para que o Ver. Brasinha possa
concluir esta grande homenagem, respeitando a grandiosidade que tem o Grêmio
Foot-Ball Porto-Alegrense. (Palmas.)
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Ver. Maurício.
Quero
dizer a vocês, ao Dr. Paulo Odone, que sou um torcedor esforçado, um torcedor
que freqüenta essa torcida maravilhosa, que canta direto na geral do Grêmio!
Estou sempre com eles lá embaixo, torcendo; tenho cadeira, sou sócio, mas o meu
lugar é lá na geral, não é verdade?!
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. ALCEU BRASINHA: E quero agradecer pela presença dos
Conselheiros, do nosso Vice-Governador, que é um gremista aguerrido e sabe por
que é bom ser gremista.
Já
tivemos todos os tipos de emoções, e a emoção agora é pedir ao nosso querido
Presidente, Dr. Paulo Odone, que nos prestigie e nos leve, novamente, para a
1.ª Divisão, pois nosso lugar é na 1.ª Divisão!
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. ALCEU BRASINHA: E logo mais estaremos novamente na
América e no mundo, porque o Grêmio sabe conquistar título internacional! Não é
igual aos nossos irmãos que começaram o nome adiantado...! Desculpem, mas isso
é verdade! Estou pedindo desculpas aos colorados, mas começaram com o nome
adiantado!
Mas
quero dizer à torcida que fique tranqüila e que pode ter a certeza absoluta de
que o caminhão do Brasinha vai estar pronto para festejarmos o nosso retorno à
1.ª Divisão! (Palmas.)
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. ALCEU BRASINHA: Eu gostaria de agradecer às autoridades
pela presença. O Vereador-Presidente, Elói Guimarães, não é um homem perfeito
porque é torcedor do outro lado, Dr. Paulo Odone! Desculpe pela brincadeira,
Presidente, a gente brinca muito aqui, junto com o Ver. Ibsen e todos os outros
Vereadores que são colorados, mas com todo o respeito. A gente respeita os
milhares e milhares de torcedores que o Inter tem, mas, enquanto isso, o Grêmio
tem milhões e milhões de torcedores! Então, meus amigos, eu quero dizer que nós
estaremos, com certeza, na 1.ª Divisão no ano que vem, porque o nosso lugar é
lá! Nós vamos continuar buscando a vitória em todos os jogos que houver! Vamos
lotar o estádio e vamos demonstrar a força e a garra que a massa tricolor tem
no Rio Grande! Obrigado, meus senhores; obrigado, minhas senhoras; obrigado,
senhores conselheiros; obrigado, senhores torcedores, e um abraço fraterno à
grande amiga que fez o bolo para nós, da Bom Sabor. Obrigado, porque são
gremistas! Obrigado, gente. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
(Manifestações
nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nós
queremos dizer da satisfação e saudar o Ver. Brasinha por todo esse entusiasmo.
A Casa está alegre, homenageando o Grêmio.
O
Ver. Paulo Odone, Presidente do Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense, está com a
palavra.
O SR. PAULO ODONE: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães;
caros colegas parlamentares, Vereadores e Vereadoras; Exmo. Dr. Antonio
Hohlfeldt, Governador do Estado em exercício, que nos honra com a sua presença.
(Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Quero saudar, também, os
Conselheiros do Grêmio que estão aqui, nossos dirigentes que participam da
Diretoria, meu Vice-Presidente Túlio Macedo e demais autoridades. Meus queridos
torcedores do Grêmio.
Sabe,
Sr. Presidente e Ver. Brasinha, quando eu assumi aqui, ou até antes, quando
candidato, muita gente perguntava como seria presidir o Grêmio e exercer o
mandato de Vereador; como ser Presidente do Grêmio e ao mesmo tempo ser Vereador.
Eu posso chegar hoje, num dia muito feliz, e dizer que estou aqui, sem ser
"esquizofrênico", cumprindo com a minha obrigação de representar o
Grêmio e representar os cidadãos que me deram um mandato para assim fazê-lo.
Faço com a mesma voz e com a mesma postura. E posso, olhando para trás, dizer
que pelo menos dentro dos meus esforços, não decepcionei nenhum cidadão que me
deu o mandato, e tenho o dever e o direito de respeitá-lo e honrá-lo. Acho que
também não há muito torcedor do Grêmio que esteja se queixando de que a Câmara
tenha-me roubado o tempo para as funções de Presidente do Grêmio. Isso é fácil
de se explicar, porque esta homenagem proposta pelo Ver. Brasinha, que é um
Vereador que representa o seu cidadão, mas que é um legítimo representante do
torcedor tricolor, mostra o quão esta Casa está próxima do coração do cidadão
porto-alegrense. E é por ela estar tão próxima que ela fica assim absolutamente
embebida de todo esse sentimento que perpassa por nós todos. As palavras aqui
foram sinceras de todos, gremistas e colorados. Estamos todos aflitos com o
destino do Grêmio. Estamos todos torcendo e confiantes que o Grêmio irá para a
1.ª Divisão e poderá voltar aos seus grandes
títulos, até mesmo aqueles que o Ver. Ibsen disse aqui, que têm no sopro do
coração, nem que seja para secar. Até a parcela secadora está aflita com a
nossa situação, porque não existe grandeza aqui no Rio Grande do Sul, se o
Grêmio e o Internacional não estiverem se debatendo. Ninguém está gostando de
não ter Gre-Nal este ano, mas em seguida, Ver. Ibsen, teremos bons Gre-Nais. Eu
estou saudoso e todos nós estamos saudosos, e sabemos o quanto essa rivalidade
fez crescer a ambos os clubes.
Eu,
Sr. Presidente, queria dizer, no dia do aniversário do Grêmio, que se me
distancio, fico comovido de podendo ser Vereador da minha Cidade onde eu nasci,
poder agradecer em nome do meu Clube esta homenagem que recebe. Na chegada, o
nosso ilustre Governador do Estado em exercício, Antonio Hohlfeldt, me disse
que fez questão de vir, porque era homenagem ao Grêmio. Meu querido Prefeito
Fogaça, a quem me queixei de não estar no jantar do Grêmio - lá estava o
Governador Rigotto -, havia chegado à tarde, esteve no galpão, e de tardezinha
viajou a São Paulo por compromissos com a Cidade. Hoje, novamente, o nosso
Prefeito tem a mesma incumbência, e com isso fica desculpado. Mas a presença do
Governador em exercício, Antonio Hohlfeldt, como a do Governador Rigotto no
jantar do Grêmio, representam a solidariedade do Rio Grande ao nosso Grêmio.
E
este momento duro por que o Grêmio passa, tem sido entendido por todos, basta
ver as manifestações aqui. E se ele é duro, e se num certo momento nos
humilhou, o sentimento de indignação dos gremistas fez com que o Grêmio se
movesse. Estamos reagindo! Com este sentimento que nós vimos aqui, vamos
superar a crise! E se Deus quiser, ali adiante, vamos fazer, Ver. Brasinha, uma
grande Sessão Solene, comemorando a vitória do Grêmio, que não precisa nem o
título de campeão, basta o de vice-campeão, porque será apenas o primeiro
degrau para nós voltarmos a conquistar a América e o mundo novamente.
Muito
obrigado, Ver. Brasinha! Muito obrigado, Sr. Presidente e companheiros que aqui
se manifestaram. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nós estamos finalizando esta homenagem
aos 102 anos do Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense. Queremos saudar todas as
autoridades, torcedores do Grêmio, o Governador em exercício, Antonio
Hohlfeldt; o Dr. César Miola, Procurador-Geral do Tribunal de Contas; o
Secretário Estadual do Meio Ambiente, Mauro Sparta; o nosso querido Presidente
do Grêmio, Ver. Paulo Odone; o Sr. Paulo Luz, Secretário do Conselho
Deliberativo do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, em especial um agradecimento
ao Ver. Brasinha por todo o seu entusiasmo, por esta alegria que ele traz com o
seu Grêmio aqui para o cenário da Câmara Municipal de Porto Alegre. Quero dizer
que nós, colorados, estamos torcendo para que o mais breve possível tenhamos
Gre-Nais aqui em Porto Alegre, porque exatamente o Gre-Nal faz a alegria total
dos gaúchos. Convidamos a todos para ouvir o Hino Rio-Grandense, seguido pelo
Hino do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, por solicitação do Ver. Alceu
Brasinha.
(Ouvem-se os Hinos Rio-Grandense e do Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h25min.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães – às 15h32min): Estão reabertos os trabalhos.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo
da Verª Maristela Maffei.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, cidadãos, cidadãs, quero agradecer à Líder da
minha Bancada, Verª Maristela Maffei, pela cedência do seu tempo neste Grande
Expediente, para que eu possa tratar de alguns temas importantes da cidade de
Porto Alegre. Ainda nesta semana, aqui nesta Casa, debateu-se muito o tema da
Segurança Pública. E sou forçado, pelas circunstâncias, a retomar o tema da
Segurança Pública no Estado e na cidade de Porto Alegre, não apenas porque
vimos no jornal, hoje, mais uma vez, estampados, os criminosos, os responsáveis
pela morte de uma jovem senhora, recentemente, na Capital. O seu assassinato
veio a engrossar os números, as estatísticas dos assassinatos vis, torpes, que
têm acontecido na Cidade, com o objetivo único de roubo, de assalto, de roubo
de carro, ou seja lá do que for. A questão toda tem de ser retomada da seguinte
maneira: não são apenas esses crimes que aparecem nas manchetes dos jornais,
eles chocam, eles chamam a atenção, evidenciam o problema. Mas quando nós
circulamos pela Cidade, estamos vendo crianças se drogadizando, aqui, ao lado
da Câmara, na parada do ônibus, aí na frente. Agora, no início da tarde, três
jovens pré-adolescentes, meninas, cheiravam loló. Qual o destino dessas
crianças? Enquanto ficarem só no loló, provavelmente arranjarão alguns trocados
pedindo esmolas. E por isso é que nós somos radicalmente contra dar esmolas,
seja para quem for, pois se quisermos ajudar a integrar as pessoas, Ver.
Sebenelo, nós temos de, sem dúvida nenhuma, fazer as nossas contribuições para
entidades filantrópicas que possam, efetivamente, ajudar.
O Sr. Claudio Sebenelo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ontem, Vereador, esteve aqui na Câmara o Professor José Vicente
Tavares dos Santos. Ele é um especialista nesse assunto e durante mais ou menos
duas ou três horas ele falou sobre o tema da Segurança. E eu gostaria de
reproduzir o que ele disse em relação à complexidade do problema e à
necessidade de muitos outros fatores estarem associados para haver qualquer
espécie de solução. Não é a cidade de Porto Alegre, não é o Estado do Rio
Grande do Sul que vão solucionar o problema; será, no mínimo, o Brasil, ou um
processo de pacificação mundial, porque é muito difícil, é extremamente
complexo esse assunto. Muito obrigado pelo seu aparte.
O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Eu lhe agradeço pelo aparte e o cumprimento pela escolha do tema, nobre
Ver. Adeli Sell. Eu concordo com V. Exª, pois eu estou retornando, neste
momento, do sepultamento de uma pessoa, de um funcionário nosso do DEP, da
Prefeitura, um funcionário encarregado de atender no Centro da Cidade. Era uma
pessoa muito prestativa, muito qualificada, muito capaz, o Sr. Wilton Rocha,
que foi brutalmente assassinado no Parque da Harmonia, na terça-feira à noite.
Então,
eu concordo com o que diz V. Exª, pois o problema é muito mais grave do que
simplesmente admitir que se trata de um problema genérico e mundial. Há, sim,
uma falha notável, grandiosa por parte de quem tem autoridade para resolver o
problema, mas não a exerce.
O SR. ADELI SELL: Ver. Todeschini, nós nos incorporamos a
esse pesar da perda de um servidor público da Cidade de Porto Alegre,
brutalmente assassinado nas proximidades da Câmara. E, como eu dizia
anteriormente, aqui perto de nós, crianças se drogavam. Enquanto elas ficarem
se drogando com o loló, talvez elas consigam comprar a droga com doações,
esmolas, mas quando elas passarem para um outro tipo de consumo de droga, elas
terão de assaltar e vão matar as pessoas! É isto que nós estamos vendo na
cidade de Porto Alegre: a droga está tomando conta. E não sou eu que digo isso,
Verª Mônica Leal, as pesquisas mostraram: Porto Alegre tem o maior índice de
consumo de maconha nas escolas! Repito: Porto Alegre tem o maior índice de
consumo de maconha nas escolas! Nós não temos nenhum controle. O Poder Público
não está fiscalizando as festas rave
que acontecem na Cidade!
Numa
madrugada, quando eu era Secretário, um Sargento da Brigada que me socorreu
numa atividade, no bairro Moinhos de Vento, implorou que eu, àquela hora, às 2
da manhã, fosse com ele até a Rua Dona Laura, onde estava havendo, todo dia à
noite, festas fechadas. Nós chegamos nesse lugar, Verª Mônica, e ali havia um
som que vazava por tudo que era lado, era uma casa de três pisos, iluminada com
luz neon, e o portão estava com cadeado. Até que nós conseguíssemos adentrar ao
local, as águas e descargas de todos os banheiros funcionaram várias vezes! Era
uma festa de embalo. Hoje nem se fecham mais as portas, nós estamos vendo
festas rave acontecerem em Porto
Alegre sem licença da SMIC, sem licença da SMAM, em locais inadequados e ao
sabor da droga vendida livre e abertamente. As autoridades estão falhando.
A Srª Mônica Leal: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Adeli, eu quero cumprimentá-lo e me associar a essa sua
manifestação, porque, na minha opinião, os crimes e a violência estão
aumentando em função do uso exagerado e crescente de drogas. Inclusive eu estou
acompanhando as pesquisas nos colégios da rede municipal sobre a utilização de
drogas sem controle. As nossas crianças começam cada vez mais cedo, com dez,
doze anos a utilizar maconha, e nós, legisladores, precisamos fazer um alerta
de forma veemente, porque isso não pode ser encarado de forma normal, como nós
vemos na rua, um adolescente, um jovem iniciar pela maconha.
O SR. ADELI SELL: Eu dizia, dias atrás, aqui, no debate
sobre a Cidade Baixa, que o problema não era entrar numa política do oito ou
oitenta. As mesas de bares na calçada e seus horários têm, evidentemente,
influência. No entanto, o maior problema da Cidade Baixa hoje é o consumo de
drogas em determinadas esquinas, com a participação ativa de flanelinhas,
guardadores de carros. Por isso é que eu quero aprovar a lei aqui, quero ter o
apoio da Verª Mônica para acabar com essa farra, porque eles se travestem de
flanelinhas para poder roubar, para poder traficar. Foi esse o levantamento que
fez a Brigada Militar na Cidade Baixa. Nós temos, inclusive, o caso emblemático
da prisão do famoso flanelinha chamado Elvis Presley, que está preso, está no
Presídio Central.
Portanto,
o que eu estou colocando aqui é a necessidade de integração dos órgãos
públicos. É preciso que, em Porto Alegre, diante dessa criminalidade, se faça
uma força-tarefa entre o Governo do Estado e o Município e que possa haver uma
parceria entre a Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Urbana do
Município, dirigida pelo nosso colega Ver. Kevin Krieger e a Secretaria de
Segurança Pública do Estado, do Deputado José Otávio Germano.
O SR. ADELI SELL: Quero concluir com uma questão do Centro
da Cidade que tem a ver com a SMIC. Já disse, já alertei o Secretário Idenir
Cecchin: não combater a pirataria na rua, na Praça XV, por mais apreensões que
sejam feitas em depósitos, não resolverá o seu problema. Estou favorável à
internalização dessas pessoas em espaços de shoppings
populares, mas, se não for feito esse trabalho, de nada adiantará.
E
quero cobrar aqui, de público, que terça-feira houve uma reunião na Secretaria
de Segurança Pública para tratar dessa questão, de uma delegacia especial, e
nem a imprensa tinha acesso. Foi escondida essa reunião, porque há um ano o
Secretário nos prometeu isso num debate em Cachoeira do Sul e a delegacia
contra o crime organizado, contra a pirataria, contra o contrabando, contra a
falsificação nunca vem, nunca sai do papel. Essa é uma cobrança que faço de
público ao Secretário. Sempre fui uma pessoa educada com ele nas minhas
cobranças e nas minhas opiniões, mas sou obrigado a fazer isso publicamente,
porque precisamos ter o retorno do Secretário José Otávio Germano.
A Srª Mônica Leal: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Vereador, mais uma vez gostaria só de registrar que, na minha
opinião, nem com todo o efetivo da Segurança Pública, se nós não trabalharmos a
questão da droga como ela precisa ser tratada, de forma educativa, de forma
consciente, de nada adiantará. Não existirá jamais segurança que combata esse
tipo de crime.
O SR. ADELI SELL: Nunca neguei, nunca vou negar, tanto que
comecei meu discurso aqui, Verª Mônica, e mais da metade do meu tempo falei
sobre o problema da drogadição. No entanto, existe uma dívida; não fui eu que
dei prazo, foi o Secretário José Otávio que disse isso num congresso,
publicamente, está um ano, ou seja, 365 dias atrasado. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Almerindo Filho solicita Licença
para Tratamento de Saúde na data de hoje.
O
Prefeito José Fogaça comunica que o Vice-Prefeito Eliseu Santos irá ausentar-se
do Município de Porto Alegre no período de 22 a 28 de setembro. (Lê.): “Ao
cumprimentá-lo cordialmente, comunico a V. Exª e demais Edis, conforme prevê a
Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, que o Dr. Eliseu Santos,
Vice-Prefeito, deverá ausentar-se do Município e do País do dia 22/9/2005 até o
dia 28/9/2005. A referida viagem será aos Estados Unidos da América para tratar
de assunto de interesse deste Executivo e não gerará ônus para os cofres
públicos. Atenciosamente, José Fogaça”.
Passamos
às
O
primeiro inscrito é este Vereador. (Pausa.) O Ver. Nereu D’Avila está com a
palavra em Comunicações, por transposição de tempo com a Verª Maristela Maffei.
Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, não podemos hoje deixar de falar e
comentar a respeito do que está ocorrendo no Brasil. O Brasil está parado, o
Brasil está perplexo já há mais de 90 dias. Ontem aconteceram fatos que merecem
ser comentados. Todos os homens e mulheres de responsabilidade, principalmente
pessoas que hoje estão com os holofotes sobre si, que é a classe política,
infelizmente estão tentando “separar o joio do trigo”, porque não se pode dizer
que todos sejam desonestos só porque exercem uma atividade e essa atividade
esteja sendo parcialmente conspurcada por alguns, que estão sendo
identificados. Não importa de que facção, Partido ou ideologia sejam terão que
ser expurgados. Nesse sentido é que eu acho que, embora a opinião pública, se
fosse consultada, dissesse que não gostaria da cassação do Sr. Roberto
Jefferson, esse foi mais ou menos o sentimento que vicejou. Mas eu creio, e
quero dizer aqui em alto e bom som, que a cassação do Sr. Roberto Jefferson foi
um alívio para o Brasil, porque o que ocorre é que a opinião pública não
compactua mais com qualquer tipo de tangenciamento de desvio ou de subterfúgio
para livrar aqueles que estão no pelourinho para serem ceifados da vida
pública. E queiramos ou não - eu não vou aqui ser advogado, porque não é o
caso, afinal o veredito foi estabelecido - eu tenho o sentimento de que o Sr.
Roberto Jefferson foi cassado nem tanto pelas acusações de agora, mas pelo que
significou para a vida pública desde chefiar a banda de Collor. E mais: ele foi
cassado, porque se ele não o fosse, a opinião pública hoje estaria dizendo que
tudo se transformou em pizza, e que o Parlamento nacional estava pronto para
ser, no ano que vem, completamente devastado.
Então,
eu digo que a cassação teve muito a ver também com a salvação de muitos que
votaram na cassação, ontem – Deputados -, para aliviar, porque no ano que vem
talvez possam voltar para a Câmara. Porque em 1994 - dois anos após o problema
do Collor de Mello - a renovação da Câmara de Deputados foi de 51,4%; dois anos
depois que Collor de Mello foi defenestrado da Presidência da República. Em
1998, baixou para 49,3%, quase 50% de renovação. E se ontem não houvesse a
cassação, e se as que estão por vir não acontecerem, se sabe que a renovação
será mais de 70% no ano que vem.
Então,
a cassação teve muito a ver com a própria auto-salvação dos Srs. Deputados para
as suas reeleições do ano que vem.
Agora,
somente um bem, um ato positivo viria em favor de Roberto Jefferson: é que
ninguém... E aí não importa se ele fez para se auto-salvar, e as acusações de
que ele era o chefe da quadrilha do IRB, dos Correios; não importa. Importa que
ele veio ou para se auto-salvar - e não se salvou - ou para tirar o PTB -
Partido do qual era Presidente - da acusação de ser o único que fazia caixa
dois. Enfim, ele teve a coragem de apontar aquilo que estarreceu a Nação, ou
seja, mostrou aos próprios senhores petistas, que têm dentro do Partido dos
Trabalhadores, vergonha, que dispõem de autocrítica e que estão profundamente
acabrunhados com o que está acontecendo, porque são homens e mulheres de bem,
como há aqui na Câmara, graças a Deus, como há na Assembléia, como há em outros
locais, mas até eles se surpreenderam com o seu Partido, ou de os seus líderes
levarem a corrupção aos níveis que levaram, comprometendo a história do PT de
25 anos pregando a ética e a moral.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Nobre Ver. Nereu, meus cumprimentos pela análise que está sendo
feita, mas eu gostaria de chamar a atenção para que, ontem, o Congresso
Nacional estava na vitrine para todo o Brasil, e 30 nobres Deputados não
tiveram tempo de comparecer, e mais de uma centena votou contra a cassação.
O SR. NEREU D’AVILA: Muito bem apanhado, Ver. Dib, mas de
qualquer sorte, o que conta hoje é o seguinte: o Congresso não titubeou, a
Câmara Federal, digamos assim, cumpriu com aquilo que se esperava, ou seja,
aqueles que estão hoje no pelourinho, que estão sob os holofotes, com as
acusações que estão surgindo... E quanto ao Supremo Tribunal, até agora, eu,
como advogado, quero dizer que muitos estão condenando o Sr. Nelson Jobim. Eu
acho que não é isso; eu acho que, apesar de ser um julgamento político, tem que
ter certos parâmetros do Código de Processo Penal, porque o direito de defesa é
um direito sagrado desde a Revolução Francesa de 1789, de modo que o direito de
defesa é sagrado, e eles têm o direito de defesa, vamos lhes dar o direito de
defesa. Agora, não se pode compactuar com quem quer colocar “panos quentes”, ou
na transformação do espetáculo em deformação ou pizza. A opinião pública está atenta, os brasileiros e as
brasileiras, hoje, querem que sejam escoimados da vida pública todos aqueles
que conspurcaram ou que não traduziram a boa política, mas, sim, fizeram os
atos ilícitos e comprometedores a que a Nação toda assiste.
Para
finalizar, quero dizer que as provas materiais em relação ao Sr. Severino
Cavalcanti já estão apresentadas; pelas atitudes de S. Exª, a imprensa, o
povo... Ele não tem mais o respeito da nacionalidade. Eu acho o seguinte: se
ele tivesse um pouco de auto-estima, deveria renunciar para o bem do povo e o
bem da Nação, porque um Presidente da Câmara dos Deputados - já encerro, Sr.
Presidente -, terceira autoridade na hierarquia para assumir a Presidência ou
assomar à Presidência da Nação, e não tem mais a respeitabilidade da Nação, não
tem mais condição nenhuma de ocupar a curul presidencial de Presidente da
Câmara dos Deputados.
Então,
aqui, do Sul do País, do Extremo-Sul deste imenso Brasil, aqui da Câmara de
Porto Alegre, eu ouso dizer: Sr. Severino, renuncie, para que, enfim, a
democracia brasileira prossiga, e o Brasil tenha melhores destinos, e que a
Câmara dos Deputados volte às mãos de quem pode exercer a Presidência com
decência, com honestidade, e, principalmente, com o respeito dos seus conterrâneos,
brasileiros e brasileiras de todo o País. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Mônica Leal está com a palavra em
Comunicações.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães,
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, demais pessoas que nos assistem,
a Prefeitura de Porto Alegre, por meio da Secretaria Municipal do Meio
Ambiente, lançou programação especial para setembro, o mês da primavera. É um
conjunto de ações em educação ambiental e comemorações destinadas a promover a
conscientização da população quanto à responsabilidade de cada um na
preservação da natureza. (Mostra folheto.) Aqui estão vários folhetos que a
Secretaria Municipal está distribuindo para conscientizar o cidadão da
importância de nós preservarmos o meio ambiente e cuidarmos da nossa Cidade.
Nos
últimos tempos, temos tido notícia de fenômenos naturais violentos e
incontroláveis que provocaram devastações e milhares de mortes em países
asiáticos e nos Estados Unidos. Em conseqüência, no mundo inteiro, aumenta a
preocupação com a questão ambiental. Estudiosos apontam, na maioria dos casos,
o descaso com a natureza como causa determinante de tantas catástrofes. No caso
recente do furacão Katrina, cujo poder de destruição excedeu qualquer previsão,
a ação do homem contribuiu definitivamente para o agravamento dos resultados.
Nova Orleans, construída abaixo do nível do mar, foi inundada quando se
romperam os diques de contenção, considerados obras de grande impacto ambiental.
E os danos não param por aí. O ambientalista norte-americano Thomas Lovejoy,
que residiu no Brasil durante 17 anos, afirma que todo o entorno de Nova
Orleans será também afetado pelos vazamentos de gás, óleo e esgotos e que
poderão chegar até o Golfo do México. Ele recomenda que as estratégias de
conservação da natureza sejam intensificadas na agenda ambiental dos países,
frente às perspectivas de mudanças climáticas que afetarão, sem dúvida, a vida
na Terra. Segundo ele, o que é chamado Árvore da Vida, uma espécie de
inventário da nossa biodiversidade, está hoje mais parecendo um arbusto.
O
aumento da poluição causada pelo crescimento das cidades, da atividade
industrial e da agropecuária; o crescimento das favelas junto às grandes
cidades, fruto da desigualdade social e da pobreza da população; a emissão de
gases poluentes; lixo jogado em praças, vias públicas, terrenos baldios e
cursos d’água constituem-se em fatores que contribuem para o extermínio da
flora e da fauna e para alterações importantes como o aquecimento global, o
chamado efeito estufa, capaz de gerar grandes alterações no clima.
O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
da oradora.) Cumprimentando pela escolha do tema, para corroborar, a questão
ambiental é visivelmente, cada vez mais preocupante para toda a vida e toda a
humanidade. E nós devemos fazer algo; há um Projeto de nossa autoria que é para
incentivar o uso do biocombustível, especialmente, o biodiesel, que urge,
justamente nesse aspecto que V. Exª fala, da emissão de gases poluentes que
agravam o problema, com o superaquecimento e com a criação desses fenômenos do
tipo que se viveu. E, de outro lado, vezes e vezes, retorna à Cidade a
discussão da derrubada do Muro da Mauá. Agora, pôde-se ver, em Nova Orleans, o que acontece com uma onda de cheia,
que pode ser por uma enchente, ou mesmo por um vendaval ou furacão; a água
pode, em vastas ondas, grandes ondas, invadir a Cidade. Portanto, aqueles que
falam, levianamente, desse assunto, que se atentem ao problema.
A SRA. MÔNICA LEAL: É verdade, Vereador, a primeira coisa de
que me lembrei foi do Muro da Mauá.
Em
face de tantas agressões, a natureza vem emitindo freqüentes sinais de alerta,
que precisam ser ouvidos. Então, é preciso criar nos cidadãos a consciência da
gravidade da situação e da responsabilidade de cada um quanto ao futuro da
Terra e da humanidade.
Aqui
no Rio Grande do Sul, em março de 2004, tivemos uma amostra preocupante da
força de uma tempestade: o Catarina - definido pelos serviços locais de
meteorologia como ciclone extratropical, e como furacão, por meteorologistas
norte-americanos -, que varreu o Litoral Norte do Estado, atingindo,
principalmente, a cidade de Torres e o Litoral Sul de Santa Catarina, com
ventos que tiveram velocidade superior a 120 quilômetros. Foi um desastre:
casas arrasadas, centenas de árvores derrubadas, estradas obstruídas, barcos
naufragados e perda de muitas vidas. Mais de um ano e meio depois, muitas
pessoas ainda não se recuperaram dos prejuízos materiais sofridos.
Catarina
e Katrina, nomes tão semelhantes, nomes de mulher; coisa curiosa, a mulher,
fonte da vida, denominando também as forças destrutivas da natureza. Temos aí
uma matéria para reflexão. Se isso nos servir de consolo, a criação da Agência
Nacional das Águas tem como sigla, coincidentemente, nome feminino: ANA,
enchendo-nos de esperança.
Em
meio a tudo isso, Sr. Presidente, para finalizar, há notícias animadoras de
trabalhos e pesquisas que vêm sendo realizadas por governos em universidades
relativas à reciclagem do lixo, agricultura orgânica, controle da emissão de
gases, uso de agrotóxicos, produção de combustíveis e fontes de energia a
partir de óleos vegetais.
Nós,
legisladores, representantes do povo, devemos ser multiplicadores de
comportamentos conservacionistas, porque somos formadores de opinião e temos
força para transmitir aos nossos cidadãos o conceito de que o cuidado que
dispensarmos hoje à natureza é a garantia da sustentabilidade para o futuro.
Por essa razão são tão importantes as discussões sobre os investimentos feitos
em Educação, Saúde e Meio Ambiente.
Podemos,
sim, dar a nossa contribuição, levando à população conhecimentos simples e
úteis, mobilizando-a no respeito e na defesa da natureza - nosso maior
patrimônio -, da preservação dos cursos d’água, do aproveitamento inteligente
dos recursos naturais. É preciso apostar na força de um povo motivado, reunido
em torno de um bem comum. Se cada um zelar pelo seu pedaço, talvez em breve
muitas situações de risco possam ser revertidas. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ervino Besson está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham nas
galerias e também pelo Canal 16 da TVCâmara, queria saudar a todos; mais uma
vez, nesta tribuna, quero me pronunciar a respeito do Referendo, essa consulta
popular que vai acontecer no dia 23 de outubro a respeito do desarmamento.
Hoje
pela manhã participei de uma reunião no CDL, fui convidado pela Srª Edi Mussói,
que é do Movimento das Senhoras Donas-de-Casa; e deu para sentir que também as
mulheres - chamo atenção das minhas queridas mulheres - estão preocupadas com o
desarmamento do nosso povo, da nossa Cidade, das pessoas de bem. E essas
senhoras estão fazendo um movimento que vai também chamar a atenção da
população.
Eu
quero aqui parabenizar a Srª Edi Mussói e aquele grupo de senhoras que a partir
de amanhã vão sair às ruas, chamar a atenção dos senhores e das senhoras a
respeito do Referendo sobre o desarmamento, que, como já disse, vai acontecer
no dia 23 de outubro.
Quem
não conhece e não admira - meu querido Ver. João Antonio Dib - o cardiologista
Fernando Lucchesi, um dos maiores médicos, homem respeitado? Quem conhece o Dr.
Fernando Lucchesi tem uma admiração muito grande pelo profissional, como
cidadão e como médico. O que ele disse? Em um programa de TV o cardiologista
Fernando Lucchesi disse uma grande verdade (Lê.): "A nova Lei do
Desarmamento é igual ao vírus da Aids, que acaba com as nossas defesas do
organismo e aí qualquer gripe nos mata. A nova lei vai tirar as nossas defesas
e aí qualquer pivete, com um revólver 38, acaba com as nossas vidas. E tem
gente, ainda, que concorda com o desarmamento". Essas palavras foram ditas
por esse cidadão, num programa de TV, um homem que conhece, um médico que está
aí para salvar vidas.
E
mais, a Deputada Federal Denise Frossard, do PPS, meu caro Ver. João Dib, minha
cara Verª Mônica Leal, essa mulher, juíza aposentada que teve a coragem de
prender os bicheiros, um deles intocável até então, o Castor de Andrade, que
ela mandou prender, ela divulgou um material que eu recebi - está aqui -
(Mostra documento.), até falando dos Vereadores e Vereadoras, e eu posso
entregá-lo para que V. Exas. tomem conhecimento, onde ela expressa, com
convicção, o que pensa sobre o desarmamento e sobre a desinformação do povo
sobre o Referendo do desarmamento. Trata-se de um material claro, que expressa
conhecimento e um estudo profundo do assunto. Chamo a atenção dos Vereadores
desta Casa e das pessoas que nos assistem pelo Canal 16 do porquê de não
realizarem essa consulta popular juntamente com as próximas eleições, já que
falta menos de um ano para a próxima eleição? Vossas Excelências sabem quanto
vai custar este Referendo para os cofres públicos, dinheiro do povo?
Aproximadamente 500 milhões de reais. Há um programa, na Caixa Econômica
Federal, para construção de moradias populares - sabem quantas moradias poderiam
ser construídas com este valor? Aproximadamente 42 mil moradias. Vejam, meus
caros amigos e amigas que nos assistem pela TVCâmara, quase 42 mil moradias
para as pessoas que não têm onde morar, e este dinheiro do povo vai ser gasto
para uma consulta popular que poderia ser anexada às eleições que teremos em
menos de um ano.
E
acho também que com esta reforma política, deveríamos fazer um estudo, meu caro
Presidente, para que somente a cada quatro anos tivéssemos eleições, e não a
cada dois anos. O povo não agüenta mais este gasto enorme, vamos fazer uma só!
Por que a cada dois anos fazer eleições? Vivemos num País pobre, e agora
inventaram mais este Referendo para gastar essa montanha de dinheiro! Por que
não aplicamos este dinheiro em moradias, em Saúde, em Segurança? Os dados
informam: seriam quase 42 mil moradias populares que poderiam ser construídas.
Ora, minha gente, sinceramente, há tempo ainda, dizia o nosso querido
Governador Alceu de Deus Collares: a única arma que temos nas mãos é o nosso voto.
Portanto,
nós temos ainda esta arma nas mãos, é para o dia 23 de outubro, iremos às urnas
para dizer NÃO ao desarmamento, porque sabemos que o SIM não vai resolver o
nosso problema da Segurança. Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Mesa informa que recebeu Requerimento
de autoria do Ver. Elias Vidal, solicitando o cancelamento de sua filiação do
PTB, bem como os trâmites legais para tal. De outro lado, há um encaminhamento
da Bancada e dos Vereadores do PTB, que diz o seguinte: “A Bancada e Vereadores
do Partido Trabalhista Brasileiro vêm, por meio deste, apregoar, na 76ª Sessão Legislativa Ordinária, a assunção
do Ver. Maurício Dziedricki à Liderança da Bancada do PTB”. Assinam os
Vereadores.
O SR. ELIAS VIDAL (Requerimento): Sr. Presidente, gostaria de solicitar
espaço para fazer uma comunicação especial aos colegas Vereadores.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O art. 94 do Regimento, letra f, fala em
Tempo Especial (Lê.): "Tempo especial de, no máximo, cinco minutos, para
manifestação de Vereador quando atingido em sua honorabilidade ou em casos
excepcionais de interesse da comunidade, a critério do Presidente ou de membro
da Mesa que esteja presidindo os trabalhos".
O SR. PAULO ODONE (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu estou inscrito em
Comunicações e cedo o meu tempo ao Vereador Elias Vidal para utilizá-lo.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Pode o Vereador utilizar esse período,
mas ele também pode, na forma do Regimento, utilizar o Tempo Especial, já que
se trata de uma comunicação do Vereador ao deixar o Partido Trabalhista
Brasileiro.
O
Ver. Elias Vidal está com a palavra em Tempo Especial.
O SR. ELIAS VIDAL: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, amigos que se encontram nesta Casa
Legislativa, telespectadores do Canal 16
que nos acompanham em suas residências, assistindo
a todas as Sessões e programações desta Casa Legislativa. Eu solicitei ao
Presidente Elói Guimarães este momento para fazer um pronunciamento, porque, na
realidade, hoje é um dia especial para mim: um misto de tristeza com o de uma
caminhada que, tenho certeza, vai marcar algo diferente daqui para frente na
minha vida.
Na
realidade o que mais quero fazer neste momento é um agradecimento ao PTB. É
muito comum as pessoas saírem de um Partido jogando pedra - não é isso que vou
fazer com o PTB. Eu quero dizer aos senhores que tenho um carinho muito
especial pelo PTB e por todas as suas Lideranças. Eu não estou saindo, porque
houve algum problema na Bancada; pelo contrário, com a Bancada da qual até
ontem fui Líder oficialmente, não tive nenhum problema.
Então
eu quero fazer um agradecimento, em primeiro lugar, ao Senador Sérgio Zambiasi
pelo privilégio que tive de ter a minha ficha abonada por ele e ao atual
Vice-Prefeito, na época Deputado, Eliseu Santos. Faço ao Senador o meu
agradecimento, porque ele comandou e tem comandado este Partido no Estado e sob
a sua tutela também aprendi muito. Ao Cláudio Manfroi, Presidente Estadual do
PTB, um grande articulador político deste Estado; o Presidente da Assembléia
Legislativa Iradir Pietroski, com quem também tenho uma grande relação de
amizade; ao nosso amado Presidente desta Casa, Ver. Elói Guimarães, grande
conselheiro, grande guru, orientador, que me socorreu em muitas horas difíceis
nesta caminhada de pouca experiência política. Ao Edir Domeneghini,
Vice-Presidente do PTB, por quem tenho também um grande carinho; Carlinhos
Vargas, Vice-Presidente do PTB; ao Ivandre Medeiros, Secretário Geral do PTB, um
jovem que chegou aonde chegou por habilidade, um jovem prodígio de muita visão
política, com quem acabei de falar por telefone e respeito a pessoa dele. Fiz a
comunicação de que estaria, neste momento, fazendo o meu desligamento do PTB.
Ao Sr. Edir Oliveira, Secretário do Trabalho, Cidadania e Assistência Social,
com quem tenho uma grande relação de amizade e carinho; ao Luis Augusto Lara,
Deputado Estadual, Secretário do Turismo; à Sônia Vaz Pinto, mais conhecida
como a Tia Sônia, amada por todos nós nesta Casa, por quem tenho, também, um
carinho muito grande. Para falar bem a verdade, carinho eu tenho por todos os
Líderes do PTB.
Quero,
também, fazer um registro ao Leão de Medeiros, que é o Presidente do Diretório
Municipal do PTB, em Porto Alegre. Estive há pouco com ele e, inclusive,
desejou-me boa sorte; tivemos uma despedida fraterna sem nenhum
constrangimento. Quero fazer, aqui, uma distinção muito especial ao Ver.
Maurício, que é uma grande revelação política, um Vereador com quem eu não
tinha uma grande relação de amizade no Partido e que, aqui na Casa, acabei
desenvolvendo uma grande amizade; tenho por ele uma admiração muito grande,
pois é um jovem Vereador, promissor. Tenho certeza de que será, num futuro
próximo, um Deputado Estadual e, quem sabe, Federal e outras coisas. Deus te
aguarda pela frente, porque você é um jovem brilhante e inteligente.
Ver.
Brasinha, dispensa muito comentário, porque é um grande coração, é uma honra de
tê-lo como meu amigo, mesmo estando em outro Partido, e tenho certeza de que
também vamos manter uma grande amizade. Ao Secretário Cassiá Carpes, com quem
tenho também uma ótima relação e faço a ele o meu agradecimento pelo que nós
aprendemos, juntos aqui nesta Casa. O meu agradecimento ao Secretário Portella,
que foi praticamente o meu padrinho político e que me conduziu ao Senador, na
ocasião o Deputado Sérgio Zambiasi, que foi quem abonou a ficha e por quem
tenho o maior respeito. O Vice-Prefeito, um homem religioso, do bem, da paz,
que usa as armas do bem, para quem fiz uma ligação agradecendo tudo o que ele
fez por mim. Ao diretor Nelcyr Tessaro, do DEMHAB.
Quero
fazer um agradecimento à Nelci, aqui da Bancada; ao José, que carinhosamente
também sempre foram prestativos à minha pessoa; agradeço ao Denian e à Regina,
que também me orientaram e me ajudaram nesta área, na qual eles são doutores,
especialistas na área de jornalismo.
Senhores
e senhoras, eu não tenho muito o que dizer, o que tinha para falar era isso.
Tenho orado a Deus, pedindo a ele que me oriente. Fico feliz de não sair daqui
de mal com ninguém. Eu contribui durante 11 anos, só tive o PTB na minha vida,
e nesses 11 anos participei em três campanhas para Vereador, uma para Deputado,
e contribui com o crescimento do PTB, levando às urnas em torno de 25 mil
pessoas. Vinte e cinco mil pessoas em campanhas franciscanas, tanto em material
humano, quanto no aspecto financeiro; eu não tenho vergonha, sinto honra do que
fiz juntamente com aqueles poucos colegas que me ajudaram e muitos deles ainda
continuam comigo no meu gabinete. Conseguimos levar em torno de 25 mil pessoas
às urnas para votar no 14, no PTB.
Eu
quero desejar aos meus colegas da Bancada que Deus abençoe a todos vocês e
continuem tendo uma belíssima caminhada no PTB. Não torço para a queda, para o
mal do PTB. Eu digo que o PTB vai ser que nem “minha primeira namorada, que a
gente nunca esquece”, posso me casar com outra, mas jamais esquecerei o PTB.
Que Deus abençoe toda a caminhada do PTB! Quanto aos demais colegas que aqui
estão, peço que rezem por mim para que Deus me oriente, para que eu tome a
decisão correta. Quero servir melhor à sociedade. Penso que preciso de uma
caminhada diferenciada; preciso entrar em contato com outros líderes políticos,
com outros pensantes da política, outros gigantes da política neste Estado, e
preciso me enriquecer nesse sentido.
Vou
consultar as minhas bases, a minha equipe, e peço que Deus me oriente para que
até o final do mês possamos tomar a decisão correta. Independente de qualquer
decisão, vou-me manter fiel à base aliada apoiando o Governo Fogaça, nosso
amigo, e tenho certeza de que ele sabe, tanto o Eliseu Santos, que podem contar
com o meu voto para o que der e vier; estarei junto.
Quanto
à minha bandeira, que é a luta contra as drogas e a violência, preciso
conversar com mais pessoas. Penso que me articulando com outros líderes
políticos, poderemos trabalhar mais nessa luta contra as drogas e a violência,
que têm sido motivo de tanta tristeza para a sociedade, com tantas famílias
perdendo seus filhos. Vemos isso no mundo todo, e precisamos mais políticas
nesse sentido.
É
isto o que tenho a dizer aos senhores. Muito obrigado à minha ex-Bancada, à
qual tive a honra de liderar. Que Deus os abençoe: aos Vereadores Maurício
Dziedricki, Brasinha e ao Sr. Presidente, Elói Guimarães. Muito obrigado.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. CARLOS COMASSETTO (Questão de
Ordem): Sr. Presidente,
somos 36 Vereadores nesta Casa. Eu queria falar com o Ver. Almerindo Filho e,
como não o encontrei, fui verificar se ele estava presente. E aí vi que o nome
do Vereador não consta no painel.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ele se licenciou hoje, para tratamento de
saúde. A solicitação foi apregoada há cerca de uma hora.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Quando há o licenciamento o nome do
Vereador não consta no painel? É uma curiosidade; sou novo nesta Casa.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): É retirado o nome e colocado o nome do
Suplente no painel.
O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, meu caro Ver. Elias Vidal, com a mesma seriedade,
com a mesma tranqüilidade que ontem eu dizia a V. Exª que refletisse bem, muito
bem, antes de deixar o seu Partido, eu posso dizer, em nome da minha Bancada,
se for seu desejo, as nossas portas estão abertas. Mas, por outro lado, também
desejo a V. Exª que seja qual for o caminho que escolher que seja muito bem
sucedido, que continue trabalhando, preocupado principalmente com seus semelhantes,
especialmente com o problema “drogas”. V. Exª tem a nossa amizade, e ao descer
desta tribuna, vou lhe dar um broche com a palavra PAZ.
Mas,
Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, ontem assistia,
como acho que a maior parte do Brasil assistiu, àquela votação que cassou o
Deputado Roberto Jefferson. Quinhentos e treze Deputados tem o Congresso
Nacional - e eu digo que tem Deputados demais -, e 30 deles, quando o Congresso
era vitrine e o Brasil inteiro olhava, não compareceram lá. Mais de uma centena
deles entendeu que ele não deveria ser cassado, como se a opinião do povo
brasileiro não valesse nada. Por isso, quando eu digo que gostaria de ver menos
Vereadores, menos Deputados Federais - e vejam que não digo Deputados Estaduais
- e menos Senadores, menos Ministérios, menos Secretarias, estou falando com
sinceridade, e ontem provaram que eles nem são necessários, pois nem ao menos
respeitam a opinião pública que estava de olhos grudados na televisão.
Mas
também há poucos dias assisti, no Canal 17, ao Presidente Renan Calheiros
festejando o Referendo do Desarmamento; eu não sei se ele tinha convicção no
que dizia, porque ele repetia três vezes as mesmas palavras, dizendo que era
uma glória o acontecido. A minha Bancada tem dúvidas, muitas dúvidas, se tem
alguma validade o desarmamento do povo brasileiro; o que precisamos desarmar
são os bandidos e não os homens de bem.
O
que vimos na imprensa, nesta semana, é que revólveres que foram entregues pela
população, pelos homens de bem, já estavam nas mãos de bandidos. Mas o que é
que nós queremos com o desarmamento? Onde é que vamos chegar com o
desarmamento? Quem é que lucra com o desarmamento? Eu tenho duas armas, nunca
dei um tiro na minha vida; tenho dois revólveres. Não pretendo usá-los em ninguém,
mas há pessoas que têm armas e precisam se defender nos rincões deste Rio
Grande, em lugares difíceis, onde não há policiamento, não há segurança de
forma nenhuma. Elas não podem ter as suas armas para a defesa das suas próprias
vidas ou para a defesa da vida dos seus filhos? Eu não entendo quem é que sai
ganhando com a proibição do uso de armas, recolhendo as armas dos homens de
bem, enquanto os bandidos importam armas melhores do que as que a própria
polícia tem! Eles possuem armas que são capazes de danificar carro-forte que
transporta dinheiro e retirarem de lá o dinheiro que eles querem. E a polícia
não tem essas armas.
Eu
acho que nós devíamos nos encaminhar no sentido de movimentar o País todo para
impedir que armas entrassem de forma ilegal neste País e não desarmar os homens
de bem, pois estes não estão fazendo mal a ninguém. É possível que,
eventualmente, uma arma nas mãos de uma criança ocasione um acidente; é
possível, eu já presenciei esse fato. Mas é um em um milhão. Agora, aquelas armas
que foram recolhidas e que foram pagas pelo povo brasileiro e agora estão nas
mãos de criminosos, acho que inviabilizam qualquer referendo. E se a população
brasileira for sensata votará: Não! Saúde e PAZ! Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Maurício Dziedricki está com a
palavra em Comunicações, por cedência deste Vereador.
O SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Exmo. Sr. Ver. Elói Guimarães,
companheiro do meu Partido, presidindo esta grande Casa; Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, público que nos assiste das galerias desta Casa e o que nos
acompanha pelo Canal 16 da TVCâmara, senhoras e senhores, é com pesar e,
também, com satisfação que assumo esta tribuna, já na condição de Líder do meu
Partido, para fazer alguns registros. O primeiro deles é compartilhar com cada
um de meus Pares esta nova atribuição que assumo, pedindo, pela experiência que
vocês têm neste Plenário, no exercício Legislativo, que, cada vez mais tenhamos
um trabalho profícuo, através da fiscalização e de produção intelectual
legislativa.
Eu
me sub-rogo na capacidade de cada um de vocês, para que, cada vez mais,
tenhamos qualificação à frente de nossos mandatos.
E
a lamentação que vivo é pela ausência, neste momento, do companheiro Elias
Vidal; companheiro que tive a honra de acompanhar no exercício Parlamentar na
Câmara Municipal de Vereadores nesses nove primeiros meses de Governo. E, aqui,
o Ver. Elias Vidal valeu-se da tribuna para registrar seus 11 anos de
construção trabalhista. Eu quero lhe dizer que nós todos nos envolvemos na
construção de um Partido grande. Eu, aqui, na condição de Líder, não farei o
que outros Vereadores já fizeram nesta tribuna, como ofender os companheiros, e
eu quero lhe desejar sorte nessa nova caminhada, imprimindo um novo conceito no
seu rumo. Mas o Trabalhismo resistirá! Eu espero que o senhor mantenha as suas
convicções, eu torço para isso, porque elas sempre foram nobres!
No
entanto, nós, na condição de Partido Trabalhista Brasileiro, reforçaremos, cada
vez mais, o crescimento do PTB no Estado. Eu me lembro que, em janeiro do ano
passado, o Senador Zambiasi afirmou que nós não seríamos coadjuvantes nas
próximas eleições! E nós não seremos! Nós estamos vivendo um momento de
introspecção partidária. O Presidente Cláudio Manfroi está visitando 40
regiões, com o aval do Senador Zambiasi, para que busquemos, cada vez mais,
identificação de novos companheiros, porque o PTB não pára; o PTB cresce!
Com
a sua ausência, Ver. Elias, nós temos um compromisso ainda maior: fortalecer as
nossas bases aqui dentro desta Casa, com convicção, com firmeza, com postura e
com ética! A partir de agora, discutindo, cada vez mais, os valores da reforma
política! O Ver. Ervino Besson registrou, nesta tribuna, a dificuldade que nós
estamos passando, e todos os Vereadores que aqui passaram já o fizeram da mesma
forma! A reforma política deve ser premente, para que não mais tenhamos a
desistência, ou, então, o infortúnio de perder companheiros ao longo do
caminho!
O
compromisso que nós temos, Ver. Elias, espero que V. Exª se some a nós, é que
tenhamos, cada vez mais, fortalecimento com as questões do nosso Partido, do
meu Partido, do povo de Porto Alegre que nos elegeu, e do povo do Rio Grande.
No ano que vem, teremos mais um embate em que devemos, mais do que nunca,
exigir posturas. Presidente, vou-lhe pedir que me assegure o tempo.
(Manifestações
dos municipários adentrando o plenário.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu suspendo o tempo do orador, Ver.
Maurício Dziedricki, na tribuna.
Senhores
funcionários e funcionárias que estão ingressando nas galerias, eu lhes diria
que é permitido ingressar na Casa, só que nós precisamos de silêncio para que a
Sessão continue. Eu pediria que os funcionários tomassem assento nas galerias,
evidentemente que, ocupados todos os lugares, há a necessidade de se acomodarem
no saguão. Peço a colaboração de todos, porque nós estamos em Sessão. (Pausa.)
O
Ver. Maurício Dziedricki está com a palavra para continuar o seu pronunciamento
em Comunicações, uma vez que este Presidente havia suspendido o seu tempo.
O SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Para concluir, Sr. Presidente, registro
de forma poética, Ver. Elias Vidal, a minha saudação e a minha despedida. Que o
senhor tenha convicção nesse novo casamento que promoverá, tenha felicidade e
que ame muito essa sua segunda mulher. Agora torço diuturnamente para que o
senhor não chore a perda da primeira todas as noites. Saudações.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Maristela Maffei está com a
palavra em Comunicações, por transposição de tempo com o Ver. Nereu D’Avila.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, companheiros e companheiras
municipárias que estão aqui nesta tarde (Palmas.), nós encaminhamos, na
segunda-feira, um Requerimento em solidariedade à luta construída por essa
categoria dos municipários. Nós nos dirigimos agora, tanto eu como a Verª
Manuela e a Verª Sofia para discutir junto à Liderança do Governo, para que
encaminhássemos o Requerimento. O que nos foi dito neste momento? Foi nos dito
que o PT ficou 16 anos, não fez nada e que, então, tínhamos de fazer o
Requerimento também em solidariedade ao Prefeito. Queremos aqui, na minha fala,
fazer um parâmetro: todas as conquistas, os avanços não foram por estarmos ou
não 16 anos no Governo e agora temos outro Governo; foram, porque existe uma
categoria organizada, e eles conquistaram, inclusive, o direito à
bimestralidade. (Palmas.) Nós assumimos o ônus, Ver. Paulo Odone – E não venha
me dizer que é demagogia o que estou fazendo aqui! -, de dizer que, naquele
momento, não podíamos pagar a bimestralidade e vocês foram para a televisão com
nove Partidos, o Partido da Mudança, dizer que continuariam com a
bimestralidade, que recuperariam todas as perdas, que fariam deste Município o
paraíso. No entanto, o que a gente vê? Um fórum de desgovernança local, que
desconstitui as bases organizadas.
Quero
saudar o Ver. Cláudio, de Parobé, que está aqui nos prestigiando.
Já
no Plurianual, não existe nenhuma possibilidade, mesmo com hiperinflação, de
dialogarmos com relação à bimestralidade. Nós queremos cumprir o nosso papel
histórico com todo o desgaste que, com certeza, foi um dos motivos por que
perdemos a eleição aqui em Porto Alegre. Mas não queremos perder a lealdade de
estar dialogando com vocês, porque não fomos nós que traímos essa categoria
quando dizíamos que não podíamos, naquele momento, continuar; foram aqueles que
se valeram de um marketing
traiçoeiro, eleitoral, apenas para ganhar uma eleição. E no outro dia, por
haver um divórcio nesse momento eleitoral do meu Partido com essa camada da
população, mentiram vergonhosamente dizendo, sim - e vocês sabem disso -, que
iam continuar com a bimestralidade, que o diálogo nas relações, que a
recuperação iria continuar.
Agora
a gente vê nove Partidos virando as costas, mas nós estamos aqui, mesmo com os
nossos desgastes, mesmo com os nossos divórcios, estamos junto de vocês, porque
sabemos o quanto é caro para um sindicato, para uma associação, manter o
espectro sindical, manter a unidade de luta com todas as divisões que pode
haver; sabemos o quanto é cara a constituição da luta para a classe
trabalhadora, porque a estrutura não está nas nossas mãos. O que fica em nós é
a qualidade do serviço que essa categoria tem que prestar para a cidadania de
Porto Alegre, mas também a honradez de ter a capacidade de continuar a luta.
Portanto,
senhoras e senhores, quero dizer, com toda a lealdade, que a Bancada do Partido
dos Trabalhadores, que a Frente Popular, não vai abrir mão de ter a sua parte
no coração e na luta dessa categoria, porque nós queremos desmistificar aquilo
que é possível e aquilo que não é possível com a verdade e não com a mentira
que nós tivemos com o chamado “Partido da Mudança”.
À
luta, companheiros! Porque a vida é assim, não termina na nossa história
biológica; termina, sim, em olhar o que é o discurso e a prática. E vocês são
muito maiores do que tudo isso. Muito obrigada e boa sorte!
(Não
revisado pela oradora.)
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Paulo Odone está com a palavra em
Comunicações.
O SR. PAULO ODONE: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu me dirijo especialmente aos servidores
públicos municipais que estão aqui presentes, fazendo um exercício do jogo
democrático de lutar pelas suas reivindicações. Se esse jogo tiver as regras
civilizadas que estamos tendo até aqui, tenho certeza de que esta Casa lutará
para poder mediar o diálogo e a reivindicação dos senhores.
No
entanto, eu não preciso dizer que a manifestação da Verª Maristela Maffei é
demagógica, porque ela já o disse. Não venham me dizer isso. Eu não estou
dizendo, se ela achou que tinha cunho demagógico, é problema dela, que se sinta
assim.
O
que nós, que somos da Bancada do Governo - e eu com muita honra pertenço ao
Partido do Prefeito Fogaça -, temos em meta, e muitas vezes passei por isso,
fui Líder do Governo, é que, com relação aos funcionários, não há partido
político dos funcionários e Partido contra os funcionários. Basta ver o que
vocês ostentam na primeira faixa: “Vinte e tantos meses de congelamento”. E eu
não vou perguntar qual foi o Partido que carimbou esse congelamento, ou qual é
o partido que elegeu o Prefeito do último mandato e, no meio do mandato,
revogou a bimensalidade, digo, a bimestralidade, não vou. (Manifestações nas
galerias.)
Bimestralidade,
palavrinha tão indigesta quanto a traição que fizeram com vocês, né? Palavrinha
tão indigesta de pronunciar, quanto foi a traição de retirar.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ver. Paulo Odone, eu interrompo o
pronunciamento de V. Exª, assegurando-lhe o tempo.
Eu
quero pedir aqui, sei que esta Casa pertence aos funcionários e ao povo, mas,
como nós estamos em Sessão, precisamos do silêncio para que o orador possa
desenvolver o seu trabalho, a sua oração. É nesse sentido que eu peço a
colaboração de todos.
O SR. PAULO ODONE: De forma, Presidente, que, se for
assegurado esse jogo civilizado, democrático, eu tenho certeza de que a Casa,
independente dos Partidos, se propõe a ajudar nesse diálogo do Executivo com os
funcionários.
Foi-nos
proposto fazer uma Moção de Solidariedade aos funcionários. É obvio, todos nós
somos solidários, é a parte mais fraca nisso, tem sido nos anos que passaram, embora
não gostem das traições cometidas, da política salarial não-cumprida ou
revogada, mesmo com a palavrinha indigesta que este orador errou, mas vocês não
receberam no bolso o resultado dela.
O
que nós queremos e nos dispomos, este Vereador está aqui sem nenhuma demagogia
para dizer que - tenho certeza de que também os Partidos de base do Governo -
se dispõe, sim, a conversar com as lideranças dos senhores e tentar intermediar
o máximo possível com o Executivo para que, desse diálogo, surjam pelo menos
avanços diante do que os senhores reivindicam e do que o Executivo está-se
propondo a atender. Essa abertura nós temos, e para votar o Requerimento aqui
também. Como eu disse, fazemos um Requerimento conjunto de solidariedade aos
funcionários pelo congelamento de tantos meses e anos passados e pelo avanço
das negociações. Não apenas pela reivindicação imediata, mas pelo todo. Nisso,
duvido que alguém não seja solidário.
Não
quero marca de Partido em relação à reivindicação do servidor público. Acho que
já é a parte mais fraca neste Brasil empobrecido, em uma Prefeitura que
terminou, nos últimos três anos, depois de ter vivido com superávit, com
resultados negativos e com milhões e milhões de compromissos a romper.
Então,
quero dizer aos senhores que - e vou propor e redigir o requerimento inclusive
com essa solidariedade -, as Bancadas do Governo, tenho certeza, se dispõem a
ouvi-los, a dialogar com os senhores, honestamente, e nós, a intermediar
perante o Executivo para que essas negociações sejam incrementadas, retomadas
de onde pararam, e que a gente possa ajudar nesse diálogo. Isso, eu acho,
compete a quem tem o mandato de Vereador, independente do seu Partido dele. E
aos que têm o Partido no Governo, com mais razão, porque talvez sejam os mais
comprometidos para ter acesso ao Executivo.
Resolver?
Não posso dizer demagogicamente que resolveremos, mas, nesse diálogo, os
senhores podem contar conosco, desde que ele não venha com esses coloridos
políticos de tapar um olho para não ver passado, abrir outro para denunciar
presente, desde que a questão não seja qual Partido é sério ou não é, mas
realmente quem quer ajudar a fazer o diálogo.
Era
isso o que queria dizer aos senhores e tenho certeza de que os outros
Vereadores da base do Governo estão dispostos a ajudar na intermediação desse
diálogo. Obrigado, Sr. Presidente, obrigado aos senhores que nos escutaram.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
(Manifestação
nas galerias.)
Claro
que isso não é algo simples que possa existir independentemente das condições
concretas, mas os municipários têm uma trajetória combinada - combinada com uma
Cidade e com Governos que foram austeros na arrecadação dos impostos, que foram
acusados, muitas vezes, de fiscalistas, de tributaristas, porque queriam que
houvesse, sim, recurso público na Prefeitura para valorizar os funcionários e
para investir nas áreas essenciais de necessidade da população. Essa
combinação: “luta dos municipários pela sua valorização e um Governo sério que
construiu e disputou até IPTU Progressivo para poder fazer essa valorização”
deu essa feliz coincidência de 14 anos, e, vejam, com a ausência do sindicato
de classe.
Portanto,
essa luta é fundamental não só para os municipários, mas para os trabalhadores
no País, para um Estado público saneado, um Estado público sério.
Nós,
hoje, sofremos as conseqüências, sim, de políticas estaduais que, por exemplo,
abrem mão de impostos. É grande a isenção de impostos num Estado que não
cresce. A cidade de Porto Alegre perde com políticas que nós combatemos, como a
Lei Kandir, que tirou recursos de todas as Prefeituras, e nós começamos a
sentir essa diminuição brutal de transferências há dois anos.
Mas
nós vamos cobrar coerência, sim. Nós sofremos as conseqüências de não conseguir
manter a bimestralidade, e os funcionários municipais foram fundamentais -
porque eles não são só 27 mil, eles são 60 mil, com as suas famílias - na
eleição do ano passado, foram decisivos! E nós pagamos a conta e reconhecemos
que não conseguimos manter essa situação de equilíbrio importante desses 14
anos. Reconhecemos, mas cobraremos coerência. Um Governo que diz que não tem
recursos não pode aumentar gastos, não pode criar duas novas Secretarias, não
pode ampliar CCs, não pode constituir novas verbas de representação, não pode
prever a ampliação de turno na escola, porque vai ter de nomear mais. Então,
essa coerência de enxugar gastos, de reordenar a máquina pública para poder
continuar valorizando os funcionários e cumprir as suas promessas de campanha
nós vamos cobrar aqui.
Eu
encerro, dizendo que é fundamental que esta Casa, unanimemente, vote uma Moção
de Solidariedade, porque a luta da parte mais fraca, que é sempre o
trabalhador, precisa do reforço deste Legislativo. Ela é legítima, e a Cidade
reconhece, como reconheceu ontem, na enquete feita pela rádio, que a
bimestralidade é uma conquista importante e é marca desta Cidade, como a
democracia participativa, como outros elementos fundamentais que fazem da
Cidade uma cidade modelo para o mundo. Então, vamos à luta, todos nós, porque
esta luta é a luta de todos os trabalhadores. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Encerrado o período de Comunicações. A
Verª Manuela d'Ávila está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MANUELA D'ÁVILA: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores companheiros trabalhadores do
nosso Município, da nossa querida Porto Alegre, hoje pela manhã estávamos aqui
na Câmara, um grupo de Vereadores, e fomos receber um número de companheiros e
companheiras trabalhadores aqui do Município que vieram - estavam na frente do
Paço Municipal - trazer as suas contribuições para o debate desta Casa
Legislativa com relação à valorização dos trabalhadores do nosso Município.
Esta Casa também recebeu o Fórum de Entidades, há menos de um mês, e todos os
Vereadores e Vereadoras devem se recordar disso, porque era data do aniversário
da Atempa, e por isso me recordo bem.
A
maior parte dos Vereadores, inclusive hoje pela manhã, quando os recebemos,
sempre recaem no debate de quando foi cortada a bimestralidade, Ver. Paulo
Odone, quando ela deixou de ser paga. Mas o fato é que a bimestralidade está na
lei, o fato é que o seu Prefeito, José Fogaça, afirmou, não para mim
individualmente, nem para os Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras,
individualmente, mas numa revista de uma categoria desses municipários, na
revista da Aiamu, que reconhece esse direito dos trabalhadores. E não estou
dizendo palavras minhas, estou repetindo as palavras do Prefeito José Fogaça:
“A bimestralidade está na lei, nós temos de cumpri-la”. (Palmas.) Há algum
tempo - eu ainda não era Vereadora, mas nem por isso me omito das posições do
meu Partido, do Partido Comunista do Brasil -, nós já levantávamos essa
questão, enquanto os senhores e as senhoras faziam uma forte campanha nas ruas
dizendo que o problema da Administração passada eram os CCs. Na mesma
entrevista em que o Prefeito Fogaça diz que a bimestralidade está na Lei e que
esta gestão, este Governo a iria cumprir - isso foi em março, não foi no ano
passado na campanha, foi ainda neste ano -, ele também diz - palavras do
Prefeito Fogaça - que vai fazer uma análise qualitativa do gasto, que vai
buscar equilibrar as contas públicas a partir de uma análise qualitativa.
Nós
também recebemos aqui nesta Casa - e eu falei a respeito desse tema, hoje pela
manhã, com esse grupo de funcionários, é algo que me preocupa profundamente -,
de uma série de trabalhadores, Ver. Elói Guimarães, de uma série de servidores
do nosso Município, trabalhadores que constroem este Município, que constroem e
executam aquelas ações da Prefeitura Municipal, desta Câmara, das Secretarias,
uma série de denúncias no sentido de que diversos trabalhadores não têm podido
se manifestar, uma vez que constantemente têm sido ameaçados com relação a
essas manifestações. Nós sabemos que a conquista de se manifestar, a conquista
de lutar pelos seus direitos é uma conquista dos trabalhadores. E não é por
serem trabalhadores do nosso Município, desta Capital, que se orgulha... Neste
momento o nosso Prefeito está viajando por esta ser uma Capital que representa
a democracia, não será nesta Cidade em que os trabalhadores vão perder o
direito de construir as suas lutas, e essas lutas tanto são justas que até o
Prefeito Municipal as reconheceu.
Eu
não entendo, talvez por ser muito nova, como é que as pessoas mudam tanto de
opinião, tantas vezes, porque primeiro ele disse - e é verdade que disse - que
teria que conhecer as contas. Mas eu imagino que um candidato a Prefeito deva
conhecer, minimamente, a situação do Município para o qual está disputando as
eleições. Dois meses depois, ele diz que conhece, que não se assusta e que vai
cumprir a bimestralidade! E, agora, sai com a nova - Ver. Dib, V. Exª que já
foi Prefeito desta Cidade -, de que não tem nada a ver com os 18% porque,
quando assumiu, já estava assim.
Ora,
onde se viu um Prefeito Municipal não honrar os compromissos do seu Município?!
Então, nós não vamos pagar as dívidas que assumimos em outros setores também!
Nós não vamos pagar aqueles que forneceram! (Palmas.)
(Manifestações
nas galerias.)
A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Se nós não reconhecemos a dívida com os
trabalhadores do Município, nós também não podemos reconhecer outras dívidas
contraídas, como a execução das obras da 3ª Perimetral, já que não foram feitas
por esta Administração! Para mim, quando se trata dos credores, deve haver um
peso e uma medida, Ver. João Dib.
Por
isso, o nosso Partido, com toda a tranqüilidade, Ver. Elói, tem construído a
sua opinião - e não é porque o Plenário está cheio. Quando o Fórum de Entidades
esteve aqui, nós já tínhamos essa opinião. Ontem, quando nós participamos,
representando a Frente Popular, no programa Polêmica, nós também manifestamos
essa opinião. E temos, primeiro, a convicção de que os trabalhadores têm o
direito de lutar e que a reivindicação de vocês pela reposição de tudo que
perderam nesse período é justa, reivindicação essa que também é nossa, do
Partido Comunista do Brasil. Muito obrigada, e boa luta para todos e para todas
vocês. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu informo que em razão da Licença para
Tratamento de Saúde do Ver. Almerindo Filho, o Ver. Mauro Pinheiro está
assumindo os trabalhos de Vereador, e, em face da desistência dos Vereadores
Marcelo Danéris, Guilherme Barbosa e Gerson Almeida, o Ver. Mauro Pinheiro
passa a integrar a Comissão de Constituição e Justiça.
A
Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu falo em nome da minha Bancada, o PPS, mas a opinião
que trarei aqui já foi expressa no discurso do meu colega Ver. Paulo Odone.
Eu
quero saudar todas as municipárias e todos os municipários aqui presentes, as
lideranças do Fórum de Entidades, e dizer que esta Casa, como sempre esteve,
estará à disposição para o diálogo democrático, para as negociações e para as
intermediações necessárias ao processo democrático e ao bom termo de todas as
negociações.
Nós
estamos discutindo aqui um velho tema. Quando nós assumimos o atual Governo, a
Prefeitura de Porto Alegre, diferentemente do que se dizia, estava com uma
dívida acumulada durante três anos: um déficit de 112 milhões e 500 mil reais,
uma cultura de falta de negociação e de autoritarismo. Nós, nesses oito meses -
sucedendo um Governo que ficou no poder 16 anos -, herdamos também uma enorme
problemática não apenas na área financeira, mas também tributária.
Estamos
iniciando um processo de novos tempos: a criação da Comissão Paritária, que
procura construir uma solução juntamente com os funcionários do Município, os
municipários, que advém do respeito que temos, que tínhamos, e que sempre
continuaremos tendo com a categoria dos municipários de Porto Alegre, pela sua
história, pela sua responsabilidade pública e pela sua competência.
O
que nós estamos discutindo é a construção de um modelo duradouro, transparente,
não-demagógico, que atenda os interesses dos municipários de Porto Alegre. O
que nós estamos construindo é uma política salarial para os trabalhadores que
corresponda à realidade deste momento político-financeiro do nosso Município,
porque nos últimos três anos a Prefeitura Municipal de Porto Alegre já não
pagava mais a bimestralidade. E, além de não pagar a bimestralidade, tinha uma
enorme dificuldade de construir uma outra solução para os funcionários públicos
do nosso Município.
Neste
momento, nós estamos procurando, através da Comissão Paritária, a transparência
dos gastos do Município.
Eu
queria, por último, me reportar à intervenção da Verª Manuela, que eu acho que
tem trabalhado muito bem esse tema, dizendo que as três frases citadas pelo Sr.
Prefeito são mantidas. Primeiro, dizendo que conhecia a Lei e que respeita a
Lei; nós estamos é procurando adaptar a Lei a essa nova realidade. A segunda
afirmativa é que cumpriria a bimestralidade, havendo condições, porque, na
verdade, as condições deixadas e herdadas são absolutamente diferentes daquelas
apresentadas.
Por
último, eu queria dizer que todas e todos são muito bem-vindos a esta Casa; nós
estamos aqui abertos ao diálogo e à construção de soluções mais rápidas,
democráticas, transparentes e duradouras que podem ser construídas com a
presença das senhoras e dos senhores aqui em nosso Plenário ou através de
Comissão de Representação com as Lideranças desta Casa. Esse é um caminho que
nós sempre adotamos, que nós defendemos e que nós achamos que é um caminho que
agiliza, muitas vezes, os processos de negociação. Sejam sempre bem-vindos,
porque faz parte da regra democrática o diálogo e a presença do nosso
Parlamento. Isso para nós é importante, porque é uma marca do nosso Governo o
debate, a democracia, a transparência e as parcerias. (Manifestações nas
galerias.)
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu solicito aos senhores funcionários e
funcionárias que dêem tratamento idêntico aos oradores.
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Solicito isso, exatamente invocando o
princípio da igualdade.
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passamos à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. N. 1245/01 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 051/01, de
autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que autoriza o Executivo Municipal a prestar
atendimento universal e igualitário de urgência, emergência e maternidade na
zona sul da Capital e dá outras providências. Com Substitutivo n. 01. Com Emenda n. 01 ao Substitutivo n. 01
PROC.
N. 3445/01 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 021/01, de autoria do Ver. Adeli Sell, que altera a redação do item 86 da Lista de Serviços anexa ao art. 18
da Lei Complementar nº 7, de 7 de dezembro de 1973, e alterações posteriores,
que institui e disciplina os tributos de competência do Município.
PROC. N. 2942/05 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 140/05, de autoria do Ver. Elias Vidal, que veda a realização de
concursos públicos no Município de Porto Alegre, das 17h de sexta-feira às
20h30min de sábado. Com Emenda n. 01. Com Substitutivo n. 01.
PROC. N. 4184/05 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 198/05, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que determina o
cancelamento da licença para localização e funcionamento e do alvará do
estabelecimento que adquirir, distribuir, comercializar ou estocar mercadorias
e produtos falsificados ou contrabandeados. Com Emenda n.01.
PROC. N. 5074/05 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 242/05, de autoria da Ver.ª Maristela Maffei, que institui a Semana
da Lomba do Pinheiro, a ser realizada, anualmente, no período que antecede o
dia sete de setembro, concomitante com as atividades alusivas ao Sete de
Setembro, que passa a integrar o Calendário de Eventos Oficiais de Porto
Alegre.
PROC. N. 5130/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 245/05, de
autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que concede o título honorífico de Cidadão de
Porto Alegre ao Padre Antonio Domingos Lorenzatto.
PROC. N. 5136/05 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 246/05, de autoria do Ver. Luiz Braz, que institui o Dia Municipal
de Combate à Psoríase a ser realizado, anualmente, no dia 29 de outubro.
PROC. N. 5143/05 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 248/05, de autoria do Ver. Adeli Sell, que institui o Dia Municipal
do Gibi João Mottini no Município de Porto Alegre, a ser realizado, anualmente,
no dia 24 de junho.
PROC. N. 5148/05 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 252/05, de autoria da Ver.ª Clênia Maranhão, que inclui no
Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre a “Romaria das Águas”,
realizada, anualmente, no dia 12 de outubro.
PROC. N. 5196/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 254/05, de
autoria do Ver. Carlos Comassetto, que inclui no Calendário de Eventos Oficiais
de Porto Alegre a Festa de Nossa Senhora de Belém, organizada pela Paróquia
Nossa Senhora de Belém, realizada, anualmente, no segundo domingo de setembro.
PROC. N. 5393/05 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 126/05, de
autoria dos Vereadores João Carlos Nedel, João Antonio Dib e Ver.ª Mônica Leal,
que concede o Prêmio de Educação Thereza Noronha ao Padre Egydio Eduardo
Scheneider, SJ.
PROC. N. 5455/05 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 005/05, que acrescenta o § 3º ao art. 68 da Lei
Complementar n. 133, de 31 de dezembro de 1985, alterado pela Lei Complementar
n. 407, de 05 de janeiro de1998, e dá outras providências.
PROC. N. 5456/05 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 016/05, que dispõe sobre a oficialização do Caminho dos Antiquários
no Município de Porto Alegre e dá outras providências.
3ª SESSÃO
PROC.
N. 3817/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 219/03, de autoria da
Ver.ª Maristela
Maffei, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor
Adelino Raymundo Colombo. Com Emenda n. 01.
PROC.
N. 4829/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 037/05, de autoria do
Ver. Luiz
Braz, que autoriza a compensação do
crédito tributário do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana,
com crédito líquido e certo, resultante de indenização por danos patrimoniais à
economia localizada nos logradouros denominados “túneis verdes”.
PROC.
N. 5000/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 240/05, de autoria da
Ver.ª Manuela
d'Ávila, que autoriza o Executivo Municipal a disponibilizar merenda escolar a
alunos carentes da rede municipal de ensino no período de férias oficiais de
inverno e verão.
PROC.
N. 5072/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 012/05, que altera os artigos 2º e 3º e revoga o
artigo 4º da Lei n. 9.474, de 24 de
maio de 2004. (reavaliação de imóvel/ alienação)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, minhas senhoras e meus senhores, sempre afirmei que sou servidor
público municipal por vocação, por formação e por convicção. Sempre afirmei que
há um excesso de leis neste País e, por tantas leis e por tantos regimentos, neste
momento, eu gostaria de falar sobre a análise quantitativa para o equilíbrio
das finanças públicas, como falou a Verª Manuela, ou sobre a Lei de
Responsabilidade Fiscal, ou discursos feitos no ano passado, mas sou obrigado a
falar na Pauta para dizer que hoje temos novos treze Projetos de Lei. Quantos
deles são necessários? Quase nenhum! Mas problemas que interessam à Cidade,
muitas vezes, não podemos tratar, porque o Regimento diz que tenho de falar na
Pauta.
A
Pauta começa com o Ver. Aldacir Oliboni, novamente apresentando um Projeto de
Lei, depois um Substitutivo, e depois uma Emenda ao Substitutivo. Não havia
convicção, mas há mais um Projeto em Pauta para que eu fale na Pauta.
O
Ver. Adeli Sell faz uma alteração no ISSQN. Esse, talvez, fosse interessante
para a Prefeitura ter mais recursos e valeria uma análise maior.
O
Ver. Elias Vidal quer que os concursos não sejam realizados na Cidade a partir
das 17 horas de sexta-feira até às 20h30min de sábado, e cita a Constituição,
que diz que todos são iguais perante a Lei.
A
Verª Maristela Maffei institui a Semana da Lomba do Pinheiro; não havia
necessidade de Lei, nem coisa nenhuma era só fazer a Semana da Lomba do
Pinheiro.
O
Ver. Oliboni, ah, título eu não vou discutir. O Ver. Luiz Braz institui o Dia do
Combate à Psoríase. O Ver. Adeli Sell institui o Dia Municipal do Gibi; essa
não tem no gibi, mas está aqui. O Ver. Comassetto inclui no calendário de
eventos de Porto Alegre a Festa de Nossa Senhora de Belém. Bem, não vou ler os
outros. Treze, no dia de hoje; só entraram hoje e eu sou obrigado a falar sobre
essas coisas.
Quando
eu digo que nós temos Vereadores demais, quando eu digo que nós temos Deputados
Federais demais, quando eu digo que nós temos senadores demais, eles querem
brigar comigo. (Palmas.) Mas eu fico com o Regimento Interno. Eu peço desculpas
de não poder trocar idéia neste momento, mas vou estar sempre à disposição como
sempre eu estive, e nós vamos trocar idéia sem dúvida nenhuma. Nós vamos
analisar os discursos que aqui são feitos, porque de discurso ninguém vive, mas
se fazem. Eu fico triste, me recolho, dizendo apenas: Saúde e Paz! (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Senhores funcionários e funcionárias,
está sendo solicitado à Presidência, à Mesa, e às Lideranças uma reunião com os
líderes do funcionalismo. Então, eu estou convidando as Lideranças das Bancadas
da Casa e os líderes do movimento para nos reunirmos no Salão Nobre da
Presidência.
A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para um Requerimento.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Elói, eu apenas gostaria de requerer
que não fosse suspensa a Sessão, porque a expectativa dos municipários é que
votemos a Moção de Solidariedade. Solicito que se faça isso concomitantemente.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não, não será suspensa. Eu vou pedir que
o 2º Vice-Presidente, o Ver. Aldacir Oliboni, assuma os trabalhos enquanto a
Presidência e as Lideranças da Casa terão uma reunião com as lideranças do
funcionalismo, no Salão Nobre da Casa. Obrigado.
(O
Ver. Aldacir Oliboni reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Professor Garcia está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, aqueles que nos assistem, quero falar um pouco
dessa questão salarial relativa ao funcionário público municipal. Tive a
oportunidade de ser o Relator do Orçamento de Porto Alegre nos anos de 2002,
2003 e 2004. Então, eu posso dizer, com toda tranqüilidade, que conheço a realidade
do Município de Porto Alegre, conheço a sua questão salarial, o que pode ser
posto.
Primeiro,
quando a Verª Clênia veio à tribuna dizer da dívida de 112 milhões, quero dizer
que há dúvidas quanto a essa questão, Verª Clênia, e já falei isso para o
próprio Secretário Portella, porque desses 112 milhões, 50 milhões são
relativos a uma dívida da Taxa de Iluminação Pública em Porto Alegre. Faço esse
desafio e que o Prefeito Fogaça venha me contestar, porque conheço e sei da
realidade. Então, eu gostaria que ele viesse aqui e me contestasse, dizendo:
não, são 112 milhões, e esses 50 milhões não são da Taxa de Iluminação Pública.
Segundo
ponto, sabemos hoje das dificuldades que chegam ao valor de 51,2% relativos à
despesa de pessoal, chama-se uma Taxa Prudencial, ou seja, é o primeiro bipe
para o Prefeito indicar e argüir para si a taxa relativa à questão da Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Na
semana passada, tivemos uma reunião com o Secretário Portella e o Secretário
Tatsch, respectivamente da Fazenda e da Gestão Empresarial, especificamente
orçamentária. E a primeira pergunta que fiz para ambos, na minha Comissão, da
qual faço parte, Comissão de Economia, Finanças e Orçamento, foi relativa ao
aumento do salário dos funcionários públicos. Quais foram as palavras textuais
do Secretário da Fazenda? Primeiro: “Estamos garantindo, na Lei de Diretrizes
Orçamentárias e vamos garantir na Lei Orçamentária para 2006, a concessão do
IPCA”. Ora, o IPCA de abril de 2004 até abril de 2005 foi de aproximadamente
7%. Então esse é um dado, a garantia do IPCA. Perguntei: E a bimestralidade?
Colocou de forma textual, e vou repetir: “Vereador Garcia, a bimestralidade
está fora de cogitação”. Perguntei: “Por que está fora de cogitação, vocês não
reconhecem a bimestralidade?” Ele respondeu: “Não é que não reconhecemos, mas
não queremos discutir a bimestralidade, porque não temos condições”. Ainda
coloquei: “Bom, mas será que o reconhecimento da bimestralidade, ou um possível
pagamento da bimestralidade implicam em assumir todo o passivo?” Ele só
respondeu: “Não queremos discutir bimestralidade; este tema, para nós, não
existe”.
Então,
nós temos que colocar esta verdade para a postulação.
Sabemos
da proposta que foi apresentada: 2,52%, em setembro, relativo a maio, e uma
proposta em janeiro. Ora, então eu vejo, primeiramente, que a garantia do IPCA
parece que vai ser posta, tem que ser assinada. E, segundo, de que forma o
Governo pretende dar a construção para a reposição dos 18,68%? Por exemplo, em
cima desses 2,52%, qual o percentual que pode ser colocado, não dentro do IPCA,
mas como reposição? Quer dizer, cada vez mais tem que se trabalhar em cima
disso. E um grave fator que eu vejo é que até dezembro de 2004 havia 738 CCs;
hoje, são 891 CCs.
Ora,
quando se partiu da premissa de que não aumentariam novos cargos em comissão,
eu gostaria de saber por que hoje há 891 e antes havia 738? Eu volto a dizer,
se estiverem errados esses dados, que venham à tribuna e digam que não é esta a
realidade, que não são 891, que eu estou dizendo uma inverdade, porque eu gosto
de falar de forma franca e clara.
Então,
na realidade, se está fora de cogitação - parece que é pecado falar sobre a
questão da bimestralidade -, temos que ver qual forma de política salarial
existirá para contemplar esses 18,68%, ao longo desses meses, desses anos, para
ver a realidade, porque tem que ser construída uma política salarial. Não
adianta dizer que está fora de cogitação, se não existe uma proposta clara.
Então, é exatamente em cima disso que o Município, hoje, pelo quadrimestre
apresentado, teria condições de pagar a bimestralidade, porque já está em 49%;
teria condições. E eu volto a dizer: venham aqui e digam se esse dado de 49% de
pessoal é mentira. Tenho trabalhado por três anos consecutivos como Relator do Orçamento.
Então,
de maneira franca e fraterna, temos que colocar que existe, sim, a dificuldade,
mas ao mesmo tempo, existe alguma fórmula e tem que ser negociado o IPCA, vendo
de que forma serão ressarcidos esses 18,68%, que são uma conquista, um direito
e um débito do Município de Porto Alegre para com os senhores e com as
senhoras. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): A Verª Mônica Leal está com a palavra
para discutir a Pauta.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni;
Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, funcionários do Município,
analisando os Projetos que estão em Pauta, hoje, gostaria de falar do Projeto
de Lei de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que determina o cancelamento da licença
para localização e funcionamento e do alvará do estabelecimento que adquirir,
distribuir, comercializar ou estocar mercadorias e produtos falsificados ou
contrabandeados. Sem ater-me à legalidade do Projeto, gostaria, e faço questão
de registrar, que o mérito do Projeto é muito importante.
Outro
projeto em Pauta é o Projeto de Resolução de autoria dos Vereadores da Bancada
do Partido Progressista, que concede o Prêmio de Educação Thereza Noronha ao
Padre Egydio Eduardo Schneider, um homem que dedicou a sua vida para a
Educação, sem dúvida, é um merecido reconhecimento público. E aproveito a
oportunidade para falar do Projeto de Lei da Verª Clênia Maranhão, que inclui
no Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre a Romaria das Águas,
realizada anualmente no dia 12 de outubro. Como membro da COSMAM, e tendo no
meu Partido o Secretário do Meio Ambiente, Beto Moesch, gostaria de ressaltar a
importância deste Projeto, e faço questão de pinçar da Exposição de Motivos da
Verª Clênia Maranhão uma frase em que ela diz: “A ‘Romaria das Águas’ ampliou
as fronteiras da religiosidade para
absorver a amplitude do respeito à natureza e da necessária defesa do
desenvolvimento sustentável”.
É
muito importante que nós, legisladores, tenhamos sempre em mente, no nosso trabalho,
que a compreensão da importância da preservação dos mananciais hídricos para a
sobrevivência da atividade natural é que faz crescer este compromisso daqueles
que têm a responsabilidade de legislar.
Aproveito
a oportunidade para dizer que a água é o recurso natural mais suscetível de pôr
limites ao desenvolvimento humano; em muitas partes, nas regiões mais pobres,
mulheres e crianças dedicam várias horas do dia a recolher e transportar água
potável, tempo e energia que poderiam dedicar à educação, ao desenvolvimento da
comunidade, das suas famílias, e à estruturação de lares.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
da oradora.) Vereadora, quero cumprimentar V. Exª por ter esse entendimento
sobre a água e registrar que esse é o motivo de aproveitarmos o Projeto das
Parcerias Público-Privadas e entrarmos com a primeira emenda, tirando dali a
água. Cumprimento-a pela sua posição a respeito desse Projeto.
A SRA. MÔNICA LEAL: Obrigada. A água, todos nós sabemos, é
uma necessidade vital, e a sua má qualidade ou sua pouca disponibilidade pode
tornar-se fatal para a saúde e para o bem-estar das pessoas. O padrão de vida
de uma população está, sem dúvida, diretamente relacionado não só à qualidade
da água disponível, em termos de contaminação química e de matéria orgânica,
como também à quantidade deste recurso e ao grau da educação da população
refletindo nos seus hábitos de higiene.
Gostaria,
mais uma vez, de ressaltar a importância deste Projeto que todos nós,
Legisladores e Vereadores, temos a obrigação de aprovar. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Ibsen Pinheiro está com a palavra
para discutir a Pauta. (Pausa.) (Ausente.) Na ausência do Ver. Ibsen Pinheiro,
o próximo Vereador inscrito é este Vereador, e, por perceber que não há nenhum
membro da Mesa presente, solicito que a Verª Margarete Moraes presida a Sessão
enquanto eu me manifesto.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. ALDACIR OLIBONI: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes,
Vereadores e Vereadoras aqui presentes, nossos colegas funcionários públicos,
cidadãos, cidadãs que acompanham a Sessão no dia de hoje, eu quero falar entre
os Projetos aqui apresentados de um Projeto de minha autoria que cria o Pronto
Socorro da Zona Sul, abordado pelo Ver. João Antonio Dib, muito
provisoriamente, e que, para mim, é de extrema importância: tem uma relação com
o funcionalismo, com a Cidade, e vem a atender uma demanda de muitos e muitos
anos na Zona Sul da cidade de Porto Alegre. Nós entendemos e percebemos que, em
todos os Governos que passaram, seja desde a municipalização da Saúde, e até
hoje, houve uma grande evolução nos serviços e no número de servidores, de 2.600
para mais de 6.000 servidores. E percebemos, assim mesmo, com mais de 140
serviços na área da Saúde, que é muito pouco. E se nós observarmos apenas o
Extremo Sul, quando nós queremos falar exatamente do Projeto da criação do
Pronto Socorro da Zona Sul, nós vamos perceber que, só na Restinga, nos seis
postos que existem, faltam 9 médicos. Para vocês verem a importância que tem
não só constituirmos uma relação com os servidores, mas com a Cidade naquele
local. Este Projeto tem extrema importância para a Cidade. Entendemos que o
Governo - o nosso Governo - deu uma sinalização positiva quando sinalizou a
parceria com o Hospital, seja ela com a Ulbra, que não deu certo, mas
principalmente com o Hospital Moinhos de Vento, que, até então, deveria ter
dado certo, para constituir o Hospital da Restinga; até então, ali, poderia ser
dada a esperança de criar o Pronto Socorro Zona Sul. O Projeto este, então,
teria profundo cunho social.
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Aldacir Oliboni, queria cumprimentá-lo pelo Projeto e também
reafirmar aqui que este Vereador, em
conjunto com V. Exª e vários outros, aprovamos agora, no Plano Plurianual,
portanto não tem mais como negar que
esta Lei possa se tornar realidade, a criação do Pronto Socorro da Zona Sul, no
Hospital Parque Belém, e a construção do Hospital da Restinga, ao lado da
Escola Ildo Meneghetti, lá na Restinga. Meus parabéns. E afirmando aqui uma
questão, que o PSF da Vila Castelo foi fechado pela Administração Municipal por
falta de segurança. Nós queremos a sua volta o mais rápido possível. Muito
obrigado.
O SR. ALDACIR OLIBONI: Obrigado pela contribuição, Ver.
Comassetto. Queria salientar, ainda, que nas visitas feitas pelas COSMAM - este
Vereador é da COSMAM - Comissão de Saúde e Meio Ambiente -, temos percebido que
a Cidade precisa, o mais urgente possível, não só oportunizar um novo concurso
para a Saúde, mas poder atender às necessidades que ela exige. Percebemos que o
Hospital de Pronto Socorro não consegue atender à demanda e, assim mesmo,
acumula mais de 40% dos seus atendimentos oriundos do interior do Estado. Nós
temos que entender que essa complexidade e essa possibilidade de poder atender
a esses cidadãos e cidadãs é um direito deles e um compromisso do Poder
Público, e não há como fugir dessa realidade, porque Porto Alegre é referência
no atendimento médico, mas deverá também ser referência na forma de condições
de trabalho para os servidores, na forma de propor novas alternativas em todos
os locais da Cidade e, mais do que isso, criar possibilidades concretas de
viabilizar, quem sabe lá, nos quatro pontos da Cidade, nos extremos, quatro
hospitais de pronto-socorro. Entendemos que o Hospital Cristo Redentor atende a
uma demanda que, por sua vez, é de extrema importância para a Cidade. O
Hospital de Clínicas também atende, assim como os 22 hospitais atendem, mas
criar mais uma possibilidade vem ao encontro dos cidadãos que há muito tempo
reivindicam essas alternativas e projetos concretos.
Por
gentileza, peço que apóiem essa iniciativa, para que a Cidade seja então
incluída com possibilidades concretas de viabilizar mais um ponto de
atendimento para os cidadãos e cidadãs. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço ao Ver. Aldacir Oliboni e
convido o Ver. João Carlos Nedel para que assuma a sua posição na Mesa da Casa.
(O
Ver. João Carlos Nedel assume a presidência.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): A Verª Margarete Moraes está com a
palavra para discutir a Pauta.
A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, João Carlos Nedel,
Vereadores e Vereadoras, quero cumprimentar com muito respeito e muito carinho
os funcionários públicos municipais dizendo que, como sempre, esta Casa é
aberta, é a Casa do Povo, e vocês são sempre bem-vindos a esta Casa. Eu também
quero cumprimentar o Ver. Elói Guimarães, nosso Presidente, que rapidamente
montou uma reunião entre os Vereadores e a categoria para tentar ajudar a
resolver essa tensão legítima que existe hoje na cidade de Porto Alegre entre o
Executivo e o Legislativo.
No
período preliminar de Pauta nós temos que nos ater à Pauta - não é, Verª
Mônica? - e eu quero falar num Projeto da Verª Maristela Maffei, que propõe a
Semana da Lomba do Pinheiro, a ser realizada anualmente no período que antecede
o dia 7 de setembro, portanto de 1º a 7 de setembro, imagino que seja
concomitantemente com as atividades alusivas ao 7 de setembro. Acho que isso é
muito importante, a gente trabalhar com uma semana de uma comunidade, assim como
acontece a Semana da Restinga, uma Semana plena de atividades, de reflexão, de
festa. É importante valorizar a identidade, a auto-estima, o orgulho daquela
comunidade da Lomba, à qual a Verª Maristela tem tanto orgulho de pertencer, e
que não é por ser uma comunidade empobrecida que não mereça uma semana de
atividades. As pessoas na Lomba, por meio da sua organização, conquistaram
muitas demandas legítimas, assim como acontece hoje com os municipários, e elas
têm orgulho disso. Então, quero cumprimentar a Verª Maristela Maffei por este
Projeto.
O Sr. Claudio Sebenelo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
da oradora.) Verª Margarete, mais do que cumprimentar a Verª Maristela Maffei
por um Projeto emocionante, a Semana da Lomba do Pinheiro, que é um arrabalde
querido e lindo de Porto Alegre, belíssimo, que não só merece, como é uma
iniciativa magnífica da Vereadora, quero dizer que isso não pode receber esse
tipo de crítica. E, mais do que isso, ele é profundamente necessário, inclusive
a questão afetiva e a do amor próprio daquela comunidade. É uma comunidade
importantíssima na Cidade.
A SRA. MARGARETE MORAES: Obrigada, Ver. Sebenelo. E o segundo
Projeto, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, Verª Mônica Leal e Ver. João
Antonio Dib, concede o Prêmio de Educação Thereza Noronha ao Padre Egydio
Eduardo Schneider. Certamente ele merece e está à altura do nome de Thereza
Noronha, que foi uma grande educadora e sindicalista, e que militou durante
toda a sua vida pela educação, e para fazer com que a sua categoria
profissional, a categoria dos trabalhadores da Educação, fosse valorizada e
tivesse condições dignas de vida.
Neste
momento de tensão, de legítimas demandas do funcionalismo municipal, é
importante lembrarmos de alguém com o porte, com o padrão da Thereza Noronha,
porque os professores e os funcionários têm amor pela sua profissão, têm
dedicação, mas também exigem condições de vida compatíveis com a função que
exercem.
Por
fim, eu queria falar no Projeto do Ver. Adeli, que parece não ter sido bem compreendido
nesta Casa. Ele propõe o Dia Municipal do Gibi João Mottini. Quando eu era
Secretária, nós instituímos o Salão Internacional de Desenho de Imprensa, e o
primeiro homenageado indicado pelos artistas gráficos tão rebeldes, tão
criativos, foi o João Mottini, um grande desenhista, um gravador, um dos
precursores do desenho de ilustração na nossa Cidade, que trabalhava na
Livraria do Globo. Ele merece essa homenagem. Às vezes parece que um trabalho
desses não tem importância, mas tem, porque as gerações de hoje têm que
conhecer o trabalho que foi feito pelos nossos grandes talentos que nos
orgulham. É importante lembrar João Mottini, Elis Regina, Iberê Camargo, Érico
Veríssimo, Lila Ripoll. Portanto, neste momento em que a discussão - é
importante dizer - é exclusiva de discussão preliminar de Pauta - e eu estou
seguindo o Regimento -, eu quero fazer essas referências, mas quero ouvir antes
o Ver. Ervino Besson.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
da oradora.) Eu também quero parabenizar a Verª Maristela Maffei por essa
brilhante idéia, e estarei lá, no próximo sábado de manhã, inaugurando 17 ruas.
Temos um carinho muito especial por aquela comunidade. Sou grato a Vossa
Excelência.
A SRA. MARGARETE MORAES: Por último, eu queria falar, muito
rapidamente, num Projeto de autoria da Verª Manuela d’Ávila, que autoriza o
Executivo a disponibilizar merenda a alunos carentes da rede municipal no
período de férias oficiais de inverno e de verão. Alguém vai me perguntar: “Por
que vocês não propuseram quando eram Governo?” Porque a nossa vida política tem
movimento e exige aperfeiçoamento, exige sempre novas idéias.
Eu
acho muito importante que a Cidade avance em termos de justiça social, que no
período em que os alunos não têm aula, no período de férias, eles tenham esse
acesso a uma alimentação equilibrada, balanceada. Como eu digo, as escolas
municipais atendem os alunos carentes, a periferia, e eles não merecem esse
vácuo em janeiro e fevereiro, quando as escolas estão em férias. Talvez esse
Projeto tenha vício de origem, porque é autorizativo, mas é muito importante
que a gente consiga conversar com o Executivo para que ele se sensibilize e a
Vereadora possa atingir a sua meta. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Claudio Sebenelo está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, ilustres
visitantes, a Verª Mônica Leal me dizia agora, Verª Margarete, que o Coronel
Pedro Américo Leal tinha um grande apreço e admiração pelo seu talento e a
forma como dirigiu a Casa, mostrada agora na sua intervenção. V. Exª, em cinco
minutos, conseguiu analisar com precisão e com muito talento três Projetos que
realmente são muito importantes desta Casa.
Eu
quero dizer, formalmente, aqui, que essa crítica feita por um Vereador aos
outros Vereadores, é uma crítica que não cabe, é inadequada, e mais do que
isso, é injusta. Porque quando se faz um Projeto, esse Projeto é fruto de um
grande trabalho. Por exemplo, trazer para a apreciação da Casa o Projeto que
festeja a Semana Lomba do Pinheiro, é um Projeto brilhante, excelente, num
bairro que é lindíssimo da cidade de Porto Alegre, que é pitoresco, que tem um
panorama maravilhoso, que tem um povo sensacional, e que tem que ser festejado,
sim, por que não? Isso é importante e vai lidar com a auto-estima dessa
população. E no momento em que nós fazemos esse tipo de trabalho, nós não
aceitamos essa crítica. É um trabalho perfeito, competente, um trabalho de uma
honestidade fantástica. E chega aqui para ser desprezado, minimizado por um
colega Vereador, que não tem o direito de fazer isso, especialmente de uma
forma de diminuição e de falta de compreensão com o trabalho dos outros
colegas. Quem sabe ele deve estar de mal com a vida no momento em que faz esse
tipo de declaração.
A Srª Mônica Leal: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Sebenelo, eu gostaria só de registrar que o Ver. Dib não se
encontra no Plenário. Está em reunião de Lideranças com os municipários. Eu
tenho certeza de que ele não agiu com essa intenção. Ele fez algum comentário,
mas, de forma alguma, com a intenção de menosprezar os Projetos dos colegas.
Por isso eu gostaria de pedir-lhe, como Vereadora da Bancada do Partido do Ver.
João Dib, que está sendo citado, que V. Exª aguardasse e conversasse com ele.
Obrigada. (Palmas.)
Acho
esse um dos melhores Projetos que passaram por aqui, um Projeto que lida com a
alimentação de crianças, muitas vezes crianças carentes que não têm o que comer
em casa, mas têm a merenda escolar e passam mal na época das férias por falta
de alimentação.
A
Verª Manuela d’Avila nos trouxe um Projeto excelente, necessário, competente,
elogioso sob todos os pontos de vista. É um Projeto cuja aprovação eu recomendo
para toda a Casa, e que nós tenhamos oportunidade de debater um Projeto
criativo e que vai, muitas vezes, solucionar o problema das crianças
desnutridas e com fome fora do período escolar.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Encerrada a discussão de Pauta.
A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para um Requerimento.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Presidente, solicito que V. Exª faça um apelo
aos Vereadores que se encontram nos gabinetes para que venham para o plenário
para garantirmos a Ordem do Dia. Há uma reunião de negociação, mas apenas as
Lideranças estão envolvidas, e isso, por si só, não retira o quórum. E como
necessitamos de 19 Vereadores para abrirmos a Ordem do Dia e votarmos Projetos
importantes, é importante que V. Exª faça um apelo aos Vereadores e os alerte
sobre isso. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Atendendo ao Requerimento da Verª Sofia
Cavedon, esta Mesa entende que - enquanto estiver na presidência e não havendo
nenhuma decisão da Mesa em relação à reunião dos Líderes e se ninguém estiver
inscrito -, os trabalhos serão suspensos até que se tenha retorno sobre a
reunião de Mesa.
O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni,
Vereadoras e Vereadores presentes, e os que não estão presentes espero que
estejam na Casa ou estejam na reunião de Mesa e retornem brevemente, porque nós
temos assuntos importantes para decidir; quero cumprimentar também as senhoras
e senhores servidores que neste instante ocupam as galerias da Casa, e também a
assistência do Canal 16. Nós estamos aqui em nome da Liderança da nossa
Bancada, debatendo o assunto que está em discussão neste momento, e queremos
que dê quórum. A nossa Bancada está toda presente, os nossos oito Vereadores do
Partido dos Trabalhadores estão aqui neste momento, quem não está aqui está na
reunião com a presidência; e nós esperamos que o quórum seja mantido, que os
Vereadores e que as Bancadas garantam o quórum, é muito importante que estejam
alerta para isso. Porque está em discussão como primeiro ponto - nove, são nove
Vereadores, porque o Ver. Mauro assume na suplência do Vereador de outro
Partido; a Bancada do Partido dos Trabalhadores está com sua representação
total e com mais um ainda, são nove representantes, mais a Verª Manuela que
está, também, em reunião com os Líderes, com o Presidente da Frente Popular, e
o Ver. Prof. Garcia, também. Então quero fazer este alerta: que estamos com
toda a Bancada da Frente Popular presente, e estamos aqui para cobrar coerência
por parte do Governo José Fogaça, conforme foi dito aqui, conforme foi falado.
O que nós não podemos aceitar é que coisas sejam ditas, como foi dito pelo Sr.
João Portella, pelo Sr. Cristiano Tatsch, há poucos dias aqui na reunião da
CEFOR, e foi dito literalmente por eles, e os senhores podem comprovar pelas
notas taquigráficas, de que aquilo que foi dado de aumento - através da
bimestralidade -, era em face da política inflacionária, e, segundo eles, como
não tem mais política inflacionária, não é mais cabível, não é mais crível o
aumento na forma da bimestralidade. No entanto, eu estou cobrando isso porque foi
dito, foi prometido, e quem votou esperava que isso estivesse na agenda deste
Governo que já assumiu desde janeiro.
Eu
quero dizer, também, e reconhecer, que nós tivemos, enquanto Governo da Frente
Popular, uma dificuldade, sim, porque a partir de 2001 passou a vigorar a Lei
de Responsabilidade Fiscal, que restringiu muito a margem de manobra do
Governo. No entanto, com relação a isso, eu acho também, criticamente, que
faltou cultura e faltou mais experiência no desenvolvimento do trato dessa
questão, e que a Lei de Responsabilidade Fiscal é uma Lei boa, sim, que tem que
ser cumprida, mas ela não pode ser o impeditivo de avanços e ela não pode ser o
impeditivo do cumprimento de metas governamentais; porque se é uma coisa boa,
que vem ao encontro da saúde financeira dos Estados, dos Municípios e da União,
de outro lado ela também é um estatuto que garante, por meio da boa saúde
financeira, a possibilidade de alargar e cumprir os acordos e direitos para
quem for, seja para com os servidores, seja para com os outros compromissos com
os serviços ou com os investimentos que normalmente os Governos devem
desempenhar.
Portanto,
em nome do meu Partido, eu quero dizer, com toda a tranqüilidade, que deve,
sim, haver muito diálogo, mas que a questão fundamental é que a única garantia
dos trabalhadores aqui em pessoa, aqui neste País e nos outros lugares do
mundo, é a organização, a luta e a pressão sobre os governos, porque o povo, os
trabalhadores, as pessoas têm de se proteger de qualquer governo, porque os
governos são muito fortes e têm possibilidade de fazer o que bem quiserem caso
não haja muita, muita e muita pressão. Nessa direção, nós estamos aqui, por
meio da nossa Liderança, contribuindo, auxiliando no diálogo, mas o diálogo só,
com certeza, não resolve o problema. Há um conflito instalado, e esse conflito
vai ser resolvido na correlação de forças; ele vai ser resolvido a partir da
capacidade de diálogo, sim, mas, sobretudo, da pressão que a categoria puder
exercer sobre o Governo, que é o responsável por dar conta das políticas que
prometeu, das políticas que escreveu, inclusive elas estão ali divulgadas num
panfleto que o próprio Governo apresentou na semana passada à categoria por
ocasião da assembléia, que dizia claramente que o aumento de 2002 até 2004 foi
de 33% e que isso era completamente irreal. Não acreditamos nisso. Foi dado
aumento, sim, substancial, porque se conseguiu cumprir uma política que vinha
em curso até um período possível, bastante largo e elástico, e acredito que,
por meio da pressão, agora, os senhores e as senhoras devem buscar recompor os
direitos adquiridos e conquistados por meio dessa grandiosa luta. Um grande
abraço e vitória a todos. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Senhoras Vereadoras e Senhores
Vereadores, não havendo mais nenhum Vereador inscrito em Liderança, estão
suspensos os trabalhos até que tenhamos retorno da reunião dos Líderes com a
comissão dos funcionários municipais.
(Suspendem-se
os trabalhos às 18h02min.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães – às 18h25min): Estão reabertos os trabalhos.
Aos
funcionários vamos dizer que estivemos reunidos - a Presidência, os integrantes
da Mesa e as Lideranças com as lideranças do funcionalismo, onde se trocou
idéias, enfim, discutiu-se toda essa questão, objeto da mobilização dos
funcionários, e que a Câmara está reafirmado: estabelecerá os diálogos que se
fizerem necessários, fazendo a interlocução; participará da assembléia, no dia
29, bem como estará aberta aqui para estabelecer com o Executivo todas as
tratativas que se fizerem necessárias. Então, é isso que nós gostaríamos de
comunicar, e dizer que estaremos acompanhando o movimento sem interferir na
autonomia do movimento. Mas a Câmara, conforme lá combinado, vai participar de
todos os momentos da luta dos servidores, inclusive procurando o Sr. Prefeito
Municipal, a Administração, para todos os entendimentos e diálogos que se
fizerem necessários.
Portanto,
é a comunicação que faço e que resultou do encontro que fizemos lá no Gabinete,
no Salão de Honra da Casa.
Havendo
quórum, passamos à
A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, nós, respeitando o acordo
de Lideranças, apenas fazemos um apelo de que, antes dos Projetos acordados
para o dia de hoje, em respeito e consideração à categoria dos municipários,
possamos avaliar e votar o Requerimento nº 219/05, e, na seqüência, então, os
Projetos que já estão com V. Exª à Mesa. Passo às mãos de V. Exª o
Requerimento. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu lembraria aos Srs. Vereadores e às Sras
Vereadoras - e como há um Requerimento aqui - que as Lideranças se reúnem todas
as segundas-feiras, pela manhã, quando é feita a pauta para a Ordem do Dia, que
é a que está nas mãos desta Presidência. A Verª Sofia Cavedon está requerendo a
inclusão do Requerimento nº 219/05, que é uma Moção de Solidariedade à
categoria dos municipários por sua luta pela manutenção da política salarial e
a recuperação de perdas. Aí nós teríamos de consultar as Lideranças, Verª
Sofia, para solicitar que haja um entendimento.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Sr. Presidente, tem sido uma prática
semanal de V. Exª convidar os Líderes de Bancada ou, até mesmo não sendo Líder,
a representação das Bancadas para uma boa discussão sobre a pauta. Inclusive,
nesta última reunião, participou, representando o nosso Partido, o nosso
Vice-Líder, Ver. Bernardino. Frente ao Requerimento da Verª Sofia, que merece a
nossa atenção, o nosso carinho e respeito, eu sugiro a V. Exª que suspenda os
trabalhos por dois minutos para chegarmos a um entendimento, porque precisamos
encontrar uma regra, porque se a gente faz uma regra, nós não estamos...
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. SEBASTIÃO MELO: Quero dizer aos meus queridos servidores,
respeitosos servidores, que nós não estamos emitindo juízo de valor sobre o
mérito da matéria. Há um regramento e nós queremos encontrar um caminho com a
Liderança. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 18h33min.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães – às 18h37min): Estão reabertos os trabalhos da presente
Sessão.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, nós queremos dizer a V.
Exª, aos demais colegas, aos servidores que nos honram com as suas presenças que
não há desacordo em relação a votar uma Moção nesta Casa. Porém, havia uma
combinação na segunda-feira – em todas as segundas-feiras tem existido um
planejamento -, e nós queremos dizer que, da nossa parte, nós somos parceiros
para na reunião de segunda-feira pautarmos este Requerimento e que, na
segunda-feira mesmo a gente possa votá-lo, ou na quarta-feira, ou na
quinta-feira, e até acho mais...
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ver. Sebastião Melo, só um segundo. Eu
vou pedir aos senhores funcionários e funcionárias, porque nós estamos em
Sessão, há um Requerimento sendo formulado, então eu pediria a colaboração dos
senhores e senhoras funcionários. Para concluir nobre Ver. Sebastião Melo.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, de forma muito
respeitosa, nós queremos dizer que esta é a nossa posição. Nós queremos
construir uma solução, e essa solução pode ser construída tranqüilamente na
segunda-feira, quando se faz a agenda e o espelho da votação durante toda a
semana. Quero dizer que este é um debate importante; eu acho que é importante
discutir a matéria, e a Bancada petista quer votá-la sem sequer encaminhar, e
eu acho que nós vamos poder ter uma grande discussão sobre isso. Esta é a nossa
posição e encaminhamos à Mesa neste sentido. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Manuela D’Ávila está com a
palavra.
A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Ver. Elói Guimarães, a Bancada do Partido
Comunista do Brasil tem participado sistematicamente das reuniões da Mesa com
as Lideranças. Há duas semanas nós fizemos um debate exatamente sobre as
questões que fogem da previsibilidade dos trabalhos, inclusive envolvendo
alguns fatos de requerimentos propostos pelo Ver. Haroldo de Souza, do PMDB.
Nós
acreditamos que existe, sim, espaço para os Vereadores apresentarem seus
requerimentos, fazendo uso dos seus direitos regimentais, e, portanto, nós que
acreditamos ser necessário construir as pautas de votação na segunda-feira, e
temos nos empenhado para que isso aconteça, não vamos mais participar das
reuniões de Mesa e Lideranças se não pudermos participar do Plenário e aqui
decidirmos as situações que surgem com a dinâmica política da Casa. Obrigada.
(Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Antes de passar a palavra ao Ver. João
Dib, preciso esclarecer o seguinte: essas reuniões que fazemos nas
segundas-feiras, Mesa e Lideranças, priorizando matérias que serão objeto da
Ordem do Dia, o combinado, o acertado, é que só seriam essas matérias
modificadas com a anuência de todas as Lideranças. Essa é a verdade. Para que
haja modificação, tem de haver anuência de todas as Bancadas, isso é público.
Do contrário, perderia o significado do consenso estabelecido e modificado em
Plenário.
O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, lá na reunião no Salão
Nobre da Presidência, as Lideranças já deram solidariedade aos servidores
municipais. Não vejo por que não votar. Agora, quero seriedade na votação. Não
é começar a fazer discurso. Não precisamos encaminhar com discursos.
Simplesmente votamos a solidariedade. Não há porquê não dar. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Maristela Maffei está com a
palavra.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, é bem verdade que todas
as segundas-feiras nós gestionamos nesse sentido. Excepcionalmente - e não
excepcionalmente um Requerimento pode entrar a qualquer hora e ser votado -
temos uma categoria da cidade de Porto Alegre em greve, que está aqui, e já
poderíamos ter votado durante o tempo em que estamos reunidos aqui.
Portanto,
enquanto não houver seriedade nesse sentido, excepcionalmente, a Bancada do
Partido dos Trabalhadores vai na mesma posição do PCdoB, de que não participa
mais das reuniões de Mesa se tiver jogo de vaidades, onde não queremos fazer
discursos, apenas queremos votar o Requerimento. Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães):
Eu quero dizer aos Srs. Vereadores e Vereadoras que as regras do jogo não serão
modificadas, a não ser que em novas reuniões nós restabeleçamos outras formas.
Então eu quero colocar: não há consenso para inclusão da Moção; eu pergunto às
Lideranças: se houver consenso, eu coloco em votação, não há problema, mas isso
é o que ficou estabelecido, é o princípio. O princípio vai ser respeitado. A
Moção não é mérito de análise. Não é mérito. Srs. Vereadores há consenso? Não
há consenso.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Questão de Ordem): Srs. Presidente, eu torno a fazer um
apelo: a Bancada do Partido dos Trabalhadores e a Bancada do Partido Comunista
do Brasil deram acordo às Lideranças, lá na sala e aqui neste momento, que não
farão nenhum encaminhamento. O Requerimento será somente votado, assim nós
concordamos com o encaminhamento do Ver. João Antonio Dib.
Em
segundo lugar, se não houver consenso nesses termos, gostaria que V. Exª
colocasse em votação o Requerimento feito por esta Vereadora, que foi o
primeiro feito, de votarmos o Requerimento de Moção de Solidariedade.
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães):
Apenas, Verª Sofia Cavedon, pela ordem, eu tenho de colocar esse consenso, em
mãos da Presidência, desde o início da Ordem do Dia, muito antes da Ordem do
Dia, eu devo colocar esse Requerimento, e se esse Requerimento for rejeitado,
Verª Sofia Cavedon, aí sim eu submeterei,
na forma técnica, o Requerimento de Vossa Excelência.
Em
votação o Requerimento proposto pelas Lideranças. (Pausa.) O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento
proposto pelas Lideranças.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, eu
creio que esta discussão toda que estamos fazendo seria desnecessária se
houvesse um pouco de sensibilidade de todas as Bancadas aqui presentes. O nosso
encaminhamento é contrário à ordem apresentada, porque nós estamos aqui numa
situação ímpar. A situação é que recebemos, hoje, as lideranças e os
funcionários públicos municipais, que recorrem a esta Casa para poder levar
adiante as suas reivindicações e dialogar conosco no sentido de saírem hoje
desta Casa com o apoio de uma Moção para poderem divulgar à Cidade. (Palmas.) A
votação dessa Moção só não havia sido acordada, é verdade, na segunda-feira,
porque nós não sabíamos que as Lideranças e que os funcionários públicos
municipais viriam até esta Casa hoje. Esta é uma situação inusitada. Agora,
negar que nós possamos abrir a lógica estabelecida segunda-feira entre as
Lideranças para votar uma Moção que está assinada, senhores e senhoras, por
Vereadores da Bancada do PFL, do PT, do PDT, do PMDB, do PCdoB, do PSB e do
PSDB, no mínimo, tem uma incoerência. Inclusive, nós temos aqui o acordo na
orientação que o Ver. João Dib traz. Não precisamos discutir o conteúdo da
Moção, porque todos nós temos acordo com o que está dito aqui na Moção, que ela
é, nada mais, nada menos, o que os Vereadores que a subscrevem requerem, nos
termos do art. 95: Moção de Solidariedade à categoria dos municipários por sua
luta pela manutenção da política salarial e recuperação de perdas.
Justificativa: “Os municipários de Porto Alegre sempre conquistaram na
mobilização e no diálogo a manutenção de políticas salariais que valorizam e
potencializam seu trabalho. Em assembléia geral, no Ginásio Tesourinha, no dia
1º de setembro, reafirmaram sua disposição de luta em torno de uma pauta de reivindicação”.
Este Legislativo posiciona-se em favor do diálogo entre a categoria e o
Governo, que aponte para a valorização do funcionalismo municipal. Portanto,
quem é contra esse conteúdo? Não acredito que todos os Partidos que já votaram,
que já assinaram esta Moção para que viesse ao Plenário, não aproveitem esta
oportunidade; como diz aqui: é no diálogo com os municipários e com a
sociedade. Este é o papel da pluralidade partidária que existe aqui: dialogar.
O
nosso encaminhamento, do Partido dos Trabalhadores, do PCdoB e do PSB é contra
a ordem estabelecida e a favor de que seja incluída, em primeiro lugar, a Moção
que acabei aqui de falar. Sr. Presidente, este é o nosso encaminhamento, e que
os municipários saiam daqui hoje com uma posição oficial desta Câmara de
Vereadores, e tenho certeza de que será pela unanimidade dos Partidos. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para encaminhar a votação do Requerimento das Lideranças.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, o que nós vamos votar é a Moção, e não a
Justificativa. É claro que a Justificativa está um pouco exagerada, porque nem
sempre, nós municipários - eu sou municipário - conseguimos as coisas através
da luta. Mas dar solidariedade àqueles que estão lutando, eu não vejo por que
não dar. Nós só vamos votar a Moção, e não a Justificativa. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra para encaminhar a votação do Requerimento das Lideranças.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos assistem aqui no
Plenário, como disse o Ver. João Antonio Dib, não é pecado e não é proibido ser
solidário com alguém. Evidentemente que quem vai dar o reajuste é o Executivo.
Agora, vou pedir ao Executivo que procure manter na liderança pessoas que
tenham um pouco de compreensão com seus colegas aqui, com seus colegas
Vereadores, pessoas que tenham equilíbrio, que tenham condições de dirigir e
liderar. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação nominal, solicitada pelo Ver.
Carlos Comassetto, o Requerimento sobre o acordo proposto pelas Lideranças
sobre a ordem de votação de Projetos na Ordem do Dia. (Pausa.) Recolho o voto
do Ver. Mauro Pinheiro. Como vota Vossa Excelência?
O SR. MAURO PINHEIRO: Voto Não.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Como vota o Ver. João Antonio Dib?
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Troco o SIM pelo NÃO.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): (Após a apuração nominal.) Informo que
não houve quórum para que se pudesse deliberar. Como estamos na Ordem do Dia,
agradeço aos Vereadores e funcionários, e encerro os trabalhos da presente
Sessão. (Manifestações das galerias.)
(Encerra-se a Sessão às 18h55min.)
* * * * *